sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!


Estava vendo no blog, eu nunca fiz um post exclusivo para o Natal. Depois de poucas postagens nesse ano, gostaria de homenagear a todos que esse ano lutaram, choraram, não desistiram, seguiram e seguem adiante. Gostaria de deixar aqui uma mensagem de paz e amor infinitos, e dizer que absolutamente todos merecem a felicidade plena e divina - mesmo as "piores" pessoas, elas são as que mais precisam de amor da humanidade.
Alguém se lembra o significado do Natal? Eu ouço por aí várias coisas, presentes, comida, bebida, festa, paz, amor, felicidade, e mais raro, a comemoração do nascimento de Jesus Cristo - não que ele tenha nascido exatamente neste dia, mas pelo menos há de se ter um dia que isso pudesse ser simbolizado. Hoje incorporamos essa simbologia ao Natal, junto dos presentes que os reis magos levaram para tal criança, e também do bom velhinho que percorre as ruas distribuindo presentes de Natal e levando, ou Lutero enfeitando um pedaço de pinheiro que colheu da natureza em uma noite estrelada... E mais do que isso, é um momento de se pensar um pouco mais em amor fraterno, em estar junto porque se quer estar junto, para compartilhar bons momentos, fazer orações, cantar, enfim, ter um momento de alegria, depois de um ano tão exaustivo.
Gostaria de desejar essa paz, toda essa simbologia de amor e de união para todos vocês. Curtam, perdoem, amem, sejam felizes. Espero também que nesse momento de paz possamos refletir com nossos corações e usar a virada do ano como um motivo para se transformar também, para melhor. Quem sabe dessa maneira não evitemos uma guerra desnecessária? Sim, falo das Coréias, pois é um país que tenho grande carinho e não desejo de maneira alguma que esse mundo sofra mais tristeza do que já aguentou até a atualidade.
Tenhamos consciência, fé, esperança. É tempo de renovação gente!
Desejo a todos um felicíssimo Natal e um grande ano que começa e se transforma.
Deixo também meus bons votos acrescidos de um pouquinho de carinho para toda a minha família, meu pai que voltou esse ano e que nos fez muito felizes, minha mãe que sempre será a minha representação de força e amor, à minha segunda mãe que sempre me apoiou em tudo, aos meus irmãos que estão cada vez mais firmes e maduros para a vida, ao meu namorado que tem estado ao meu lado em todos os momentos, aos meus amigos que sempre serão as pedras mais preciosas que carregarei por toda a vida. E claro, ao Lupe também, meu cachorrinho muito lindo!!!!
FELIZ NATAL!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Doe vida!




Ontem fui doar sangue. Tentei postar mas as vezes meu computador não colabora com nenhum site do Google...

Pois bem, foi suuuper legal! Realizei uma das minhas metas para os próximos tempos, e definitivamente pretendo me tornar uma doadora de carteirinha!
Foi bem assim, eu cheguei, disse que queria doar sangue, aí o atendente me encaminhou para um médico que me pesou, picou meu dedo, tirou um tantinho de sangue e fez um teste que eu não sei o que é, e depois me encaminhou para um outro médico que me aplicou um questionário sobre meu histórico de saúde. Daí depois eu recebi um lanchinho de biscoito de maisena e suco, e depois de comer, fui chamada, e a enfermeira que me atendeu era um amor!
A agulha é grossa que só, mas a pontinha é fina, por isso, é só uma picadinha, nem dói. Doei 497 ml, parece que não tem aceitam 500 porque não cabe na bolsinha e por causa da coagulação do sangue.
A retirada do meu sangue demorou nove minutos. Precisei ficar apertando uma bolinha pro fluxo aumentar. Depois, usei um algodão para pressionar o local onde foi injetada a agulha, e depois aquele curativo pequeno e redondo. Ao final, recebi um super lanche que contava com uma maçã, um iogurte de côco, um suco de morango e um pão careca (de cachorro quente) grande com queijo, presunto e manteiga. Banquete!
E ainda, o melhor: Não tive nenhuma reação ou efeito colateral, no máximo, um soninho e mais sede. Nas próximas doze horas à doação não se pode realizar atividades físicas e deve-se beber bastante líquido. O site do Hemocentro de Brasília tem todas as explicações para quem ficar interessado.

É como dizem... Doe sangue e salve vidas!
Acho que o meu atual estágio supervisionado no hospital também me motivou a isso. Mas com certeza é uma ideia que deve ser praticada!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Carta de uma Cartomante

Bom, em primeiro lugar, quero dizer que sou adepta ao espiristismo segundo Alan Kardec. Se não lhe agrada tais assuntos, leias outras postagens que todas são boas.

Continuando. Minha mãe trabalha como psicógrafa e psicopictógrafa num centro espírita aqui pertinho, e esse mês elas nos trouxe uma mensagem muito importante, que gostaria de compartilhar com vocês, que com certeza são tão vislumbrados pelo exoterismo de poder saber um passado ou um futuro distante. Isso mudou um pouco a minha visão, e espero que mude a daqueles que estejam abertos a compreender o que outros tem a nos falar de tão longe...



"Boa noite. Fui cartomante em minha vida passada, recebi de Deus um dom. Conseguia em apenas um olhar, saber a vida presente e a passada dos meus clientes. Muito me endividei, mas não foi por querer. Cobrava o serviço por pura ignorância. Fui ensinada pela minha mãe, que também era cartomante, a cobrar pelo dom que recebi. Ela não o possuía, mas mesmo assim, arriscava palpites e recebia uma boa soma por eles. Uma ilusão momentânea que aqui fiz o mesmo, aceitei minha sorte sem pestanejar. Com a diferença de que eu possuía o dom, ou, como vocês chamam, a mediunidade.

Fazia o possível para deixar meus clientes satisfeitos, pois sabia cobrar bem. mesmo que estivessem em seu futuro a pobreza, a infidelidade ou a doença, nunca o informava pois as pessoas que me procuravam geralmente não queriam saber de desgraças. O cliente satisfeito paga bem. E era o que eu fazia.

Não foi minha culpa essa minha ocupação. Nasci em uma família que descendia de ciganos romenos, que vão, pelo mundo todo em peregrinação e muitas pessoas enxotam como a animais.
Não tive uma vida encarnada longa, mas vivi em abastança pela profissão que escolhi.
Ao desencarnar, encontrei alguns tanto clientes quanto espíritos que inspiravam as prestidigitações. Os clientes, alguns, me agradeceram, pois seguiram meus conselhos e venceram na vida; Outros, porém, me recriminaram por não ter falado a eles a verdade mesmo sabendo. Mas nada foi pior do que a cobrança feita pelos espíritos que me ajudaram a saber a sorte das pessoas. Eles me escravizaram por anos em regiões iminagináveis.

Sei que todos desejam saber se vão ser felizes, pois, ao reencarnar, esquecem as tarefas que escolheram. Mas nada é feito em acordo com elas pois não se quer o sofrimento e a dor. Então, os clientes desejam que lhes digam que terão vidas promissoras, serão sortudos.
Para vocês, deixo meu conselho: olhem para dentro de si e saberão o passado, desta e das outras vidas, pelas próprias tendências. Trabalhem para melhorar espiritualmente e materialmente e saberão o futuro.

Adeus."

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cartas pela Lua.


Pronto, terminei. Mais uma carta, das tantas que não me canso de mandar por aí!
Agora vai me dizer por quê, ela foi parar em outro lugar. Cheguei da escola e olhei uma estranha resposta endereçada a mim.
Não conheço o remetente. Mas reconheço a destinatária - não há dúvidas.
Abro a carta e me deparo com palavras de Shakespeare. Já chamou a atenção, claro! Leio um estranho a me agradecre pelas minhas "humildes" escritas e dizer o quanto se identificou com meus dizeres, minhas poesias, desenhos e devaneios. Fiquei confusa, embaraçada e curiosa. Confusa pela resposta de um estranho, embaraçada pelo mesmo ter me lido de uma forma tão íntima. Curiosa, por saber que existe um alguém em algum lugar que também pára onde estiver para contemplar a lua.
Respondi de volta. O destino é certeiro, de uma forma ou de outra dá um jeito de pessoas afins se encontrarem. Desculpei-me por qualquer coisa que tenha escrito na carta anterior - cujo remetente original era um familiar - e agradeci pela consideração. Falei de mim, dos meus prazeres, da vida, das crenças místicas e dos sonhos exotéricos. E assim foi, um ciclo de envelopes constante, onde um se deliciava com as palavras do outro, e se de um lado se esperava ansiosamente por uma resposta, do outro deleitava-se com uma escrita prazerosa. Até que sem querer, estávamos gostando um do outro. Foi assim, sem perceber, pelas palavras doces e sonhos puros.
Ele juntou o pouco que tinha e veio encontrar-me. Ficou três dias. Três dias de glória, três dias que não pareciam dias, não parecia ter tempo, como uma brecha de vácuo onde tudo é repleto e tudo é vazio ao mesmo tempo. Prazer e desprazer. Esperança e descrença. Amor e raiva. Raiva por saber que a despedida logo viria. Saudade matada e saudade que nasceu. Corpo, alma, lua. Um mesclado de sentimentos.

Porém, os três dias acabaram-se, e com eles se foi a magia desse sonho. Tudo foi se esvanecendo até acabarem os envelopes. A distância aumenta o medo do fim e a saudade é crua, nua e irracional, faz-nos loucos! Não aguento assim, é para ele ou para mim! As cartas não vieram nunca mais. Demos adeus.
Tempos depois, dizemos olá novamente. As cartas iam e vinham, por curiosade, ainda saudade, talvez amizade. Quando veio novamente, ficou até bastante. Estávamos em paz, e havíamos percebido que tudo o que sentimos sempre vai existir, mas que nascemos em lugares diferentes porque precisamos tocar a vida separados. Hoje não estou mais só, assim como ele. Mas a lua continua brilhando lá no céu. A minha caixa de correio tem estado sempre vazia, e temo que assim ela permaneça. Entretanto, ainda escrevo cartas pela lua. Para a lua. A despedida final foi triste e vazia, embora tudo pra mim foi e sempre será belo, único, um turbilhão de tudo o que há dentro desse coração. Não quero me esquecer de nada, nada mesmo. Quero lembrar sempre com um sorriso, e rezar sempre para que aquelas mãos compositoras habilidosas possam realizar-se nessa vida que segue entre altos e baixos, como as fases lunares... Que mudam mudam, as vezes mais fracas ou mais fortes, mais belas ou mais mórbidas, mas sempre sempre encantadoras!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Auto-Motivação



Um dia desses saí para correr, depois de cerca de 2 meses sem fazer tal atividade. Depois de um tempo, percebi que eu mesma me incentivava a continuar, pensando na minha cabeça "Faltam só mais x quadras!", "Já passou o ponto tal!", "Força, força, força!", "Não para, não para!" !
Fiquei refletindo. Quantas pessoas devem fazer isso?
Não só num esporte, claro. Mas para outras coisas da vida. Você acredita em você mesmo? Acredita que tem o potencial de continuar, de conseguir, de persistir até atingir uma meta? Acredita REALMENTE nisso?
Me lembro de mim mesma há um tempo atrás. Eu acreditava que não. Pensava que ia sempre ser feia, gordinha, solitária, anti-social, deprimida, tímida. Mas as coisas podem mudar quando a gente quer que mudem. Hoje, mesmo hesitando um pouquinho... Posso cantar para quem quiser, posso fazer qualquer atividade (qualquer mesmo, em janeiro fiquei orgulhosa ao me ver pular na água do alto de uma grande pedra, onde apenas homens se aventuravam), qualquer coisa mesmo, me entroso com todo mundo, procuro ser sempre simpática, de mente aberta, solidária e gentil, pago mico com as besteiras que eu faço mas não tenho mais vergonha de quem eu sou, ou se hoje estou mais desarrumada, ou se tenho celulites e estrias, ou se estou ou sou isso e aquilo. Eu sou o que sou. Você é o que é. E quer saber? Aquilo que a gente sempre ouve por aí está certo: Quando nos damos valor, quando nos amamos primeiro, nos tornamos naturalmente capazes de amar outros e de ser imensamente amados. Eis aqui a experiência viva de alguém que foi firme, corajosa, que cresceu consigo, para provar isso para vocês.
Pensamento positivo, e mais além: motivador! E não é tão fácil quanto imaginamos, ou como eu apenas falo. Para mim, foi algo que demorou muito tempo para se consolidar. É preciso persistência, sabedoria e direção. Afinal, como sabiamente nos disse Sêneca, "Se uma embarcação não sabe aonde quer chegar, nenhum vento poderá lhe ser favorável".

Se quiserem pensar mais a respeito disso, indico algumas histórias (tem taaantas!):
- O menino que Enganou o Gigante. Um livro da coleção fantasminha. Baseado na história de Tamara Kitt com o texto em português de Stella Leonardos.
- A história de Jéssica Cox (A primeira piloto sem braços do mundo!). Há um email circulando sobre isso, e nesse blog há uma prévia (aliás, todo o conteúdo do blog é interessante). Busquem no Google, as fotos dela se virando em casa são incríveis!
- O filme "Gabi, uma história verdadeira", baseado na história verdadeira de Gabriela Brimmer, conta a vida de uma mulher que nasceu com paralisia em todos os membros não consegue sequer falar. Ainda assim descobre-se para a vida e para o amor.
- O filme "O óleo de Lourenzo", baseado na história verdadeira de Lourenzo Odone, conta a história de um garoto que levava uma vida normal até que, aos seis anos, ele passa a ter diversos problemas de ordem mental, que são diagnosticados como ADL, uma doença extremamente rara e que provoca uma incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no máximo dois anos. Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de medicamento, tratamento e conhecimento para a doença. Assim, começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença.
- O filme "Estrelas na Terra", que eu particularmente considero maravilhoso, que mexeu muito comigo (já assisti cerca de cinco vezes), conta a história de uma criança que sofreu porque a dislexia e o TDAH provocavam preconceito daqueles que ignoravam as necessidades especiais. Esse filme é incrível, mas infelizmente ainda não veio para o Brasil. Aqui você pode ler mais sobre ele, e aqui baixá-lo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Concurso do livro Chantilly!



Estou divulgando o site do livro da Mare, Chantilly!


Nele você encontra a promoção para ganhar um exemplar! Recomendo a todos!
Podem confiar, a Mare é 10! \o/

sábado, 24 de julho de 2010

Os olhos



Dizem que os olhos são o espelho da alma.
Será? Saciem a minha curiosidade! O que vocês veem nos meus olhos? (É para responder mesmo!)
Eu vejo sonhos, vejo desejo, paixão, amor, dor, luz, escuridão. Vejo intensidade.

Os olhos são a primeira coisa que eu observo em uma pessoa. O olhar. Olhar simpático? Olhar maldoso? Olhar pedinte? O que os olhos dizem? O que há dentro desses olhos? Apenas nervos e células? Por que os olhos brilham tanto? Por que eles choram?
Eu já vi olhos chorarem, olhos sorrirem, olhos dormirem, olhos que não vêem, olhos que vem, olhos que não vêem e vêem tudo! E tenho certeza de que eu não enxergo o mundo como você, e nem você como ninguém. Ah, e como vejo beleza! Se Deus realmente existe (e eu prefiro acreditar que sim), tenho a certeza de que ele ficou muito satisfeito por criar algo tão lindo e tão significativo. Tão profundo!
Eu vejo a beleza do mundo, como também vejo a tristeza, a maldade, e tanto que ainda precisa se desenvolver, precisa melhorar. É nesse ponto que devemos agir mais além, e não apenas olhar, mas enxergar. E agir. Agir com as mãos, a voz, o corpo. Ir longe, agarrar as chances, conquistar coisas, criar possibilidades, enfim, mostrar tudo aquilo de mais belo e bravo, mais forte e resplandescente, mais tudo que existe no olhar da gente. Lá dentro...Dos nossos olhos!

Mas não quero ser tão

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Saindo do armário!



INFORMAÇÕES TÉCNICAS

•Título original: Le Placard
•Lançamento: 2001 (França)
•Direção: Francis Veber
•Produção:Patrice Ledoux
•Elenco: Daniel Auteuil , Gérard Depardieu , Thierry Lhermitte , Michèle Laroque , Michael Aumont
•Duração: 84 min
•Gênero: Comédia

SINOPSE

François Pignon (Daniel Auteuil) é um homem que está divorciado há 2 anos, mas permanece apaixonado pela ex-mulher e preocupado com o filho que não o vê, pois ambos consideram o pai uma pessoa sem graça e desagradável. Para completar o drama, Pignon está prestes a ser demitido. Deprimido com a vida, o homem decide suicidar-se, quando conhece seu novo vizinho, Belone (Michael Aumont), a quem conta sua atual situação. O novo amigo lhe propõe uma solução inusitada para salvar o emprego de Pignon: Enviar ao seu chefe uma fotomontagem onde Pignon aparece com outros homens, o que faria assumir sua homossexualidade. De acordo com o plano de Belone, a empresa não demitirá mais Pignon por medo de que isto provoque o protesto da ala homossexual da sociedade, a quem os produtos da empresa também são voltados (preservativos). Inicialmente relutante, já que não é homossexual, Pignon acaba aceitando o plano e vê sua vida se modificar totalmente após as fotos se tornarem públicas.


MINHA CRÍTICA

O filme “O Closet” pode ser considerado muito útil e interessante, por trazer uma série de temáticas que são essencialmente comuns e constantes em nossa sociedade – nota-se que não apenas no país onde se passa o filme (França). Pignon é uma personagem bastante comum: um homem que enfrenta as dificuldades do mercado de trabalho, ainda que tenha formação específica para o trabalho que desempenha; um homem que não se sente satisfeito com a sua vida pessoal, o que influencia a sua atuação profissional e social; um homem cheio de capacidades e valores que precisam ser estimulados e devidamente orientados; um homem que apenas quer se sentir necessário e completo. Quantos de nós já não tivemos problemas semelhantes?
Depois da proposta de Belone, que tinha experiência como psicólogo de empresas, destaca-se sua fala:
- Continue o homem tímido e discreto, não mude nada. O que vai mudar é o olhar dos outros.
Nesse trecho percebe-se o peso da carga de valores morais que a sociedade carrega em si. A formação do homem bom e útil para o trabalho possui um perfil construído historicamente, e tudo o que não se enquadra nesse perfil é destacado. Pignon se encontrava em uma situação dessas, pois ainda que admitisse gostar muito de seu trabalho, não tinha o perfil sociável, animado e amigável que a empresa procurava em seus trabalhadores. Uma pessoa homossexual poderia modificar tal imagem?
A princípio, pensa-se que isso seria mais um agravante na imagem almejada para o mercado de trabalho. E seria em algum outro caso, se aquela empresa específica não considerasse que o produto que lá é fabricado contempla também o público homossexual, e que tal ato de demissão traria para a empresa uma imagem pejorativa e preconceituosa, prejudicando os lucros pela baixa de clientela.
O objetivo dessas palavras não é tratar a questão da sexualidade, mas sim da escolha. Sabendo que sua imagem poderia ser prejudicada, Pignon foi a fundo, assumiu a farsa da homossexualidade, enfrentou as críticas e consequências e abriu novos caminhos para a sua vida, tanto em aspectos pessoais quanto profissionais. Vê-se sua ascensão social, novas perspectivas de desenvolvimento, e amadurecimento. Será que tudo isso pelo simples fato de ele ser considerado homossexual?
De certa forma, o fato gerou polêmica, curiosidade, preconceito de alguns, respeito de outros. Mas Pignon, como sugeriu e orientou Belone, não mudou a sua personalidade, apenas usufruiu positivamente do interesse dos outros como uma forma de mostrar o seu lado divertido, simpático, sutil, enfim, todas as outras características que não tinham espaço na perspectiva de uma pessoa melancólica, chata e sem graça, como assim o personagem tanto foi taxado.
Enfim, o filme gera essa reflexão de melhoria interior de cada um. Pequenos e sutis conselhos de outra pessoa puderam ver a personagem buscar o que há de melhor em si e se melhorar para melhor. Isso foi reconhecido e valorizado, mesmo após a farsa ser assumida pelo próprio farsante, pois o que ficou foram as coisas boas que ele pôde fazer enquanto utilizava-se de outra imagem.
Recomendo o filme. Devemos nos perguntar mais se estamos satisfeitos com a nossa vida, o nosso trabalho, a nossa vida social, e refletir sobre tudo aquilo que podemos melhorar em nós, e consequentemente modificar o ambiente a nossa volta e as pessoas que conosco convivem. Afinal, quanto de nós ainda não “saiu do armário” para mostrar o que há de melhor em si?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Imunização já!



Foi rapidinho e nem doeu! :D Estamos na campanha de vacinação de pessoas entre os 20 e os 29 anos, até o dia 23 de abril. Não custa nada, vão lá! \o Depois haverá vacina para outras idades.
Consulte o site da Vacina Influenza para maiores informações!

Melhor prevenir do que remediar! Imunização já \o

sábado, 10 de abril de 2010

Depende de você.



Ah Deus, que alarme chato! Só mais cinco minutos.
Hoje to com tanto sono...Vou dar mais dez minutos. Acho que dá pra acordar, me arrumar e comer em trinta minutos.

Essa não! Faltam quinze minutos! Levanto em um pulo, já vou enfiando a roupa, os tênis sujos de tanto andar por aí, corro para lavar o rosto, como sucrilhos (que é mais rápido de preparar), escovo os dentes e vôo. Claro que com isso, esqueci no mínimo três coisas que tinha pensado em levar, antes de dormir.

Ao descer as escadas e sair da portaria, vejo ao longe o meu ônibus passando. Adeus, ônibus...O próximo passa no horário exato em que eu chegarei atrasada e a professora olhará para mim com uma cara desaprovadora. O que eu posso fazer? Tem dias que a gente realmente está mais cansado...

Tudo bem. Acontece. Pelo menos o segundo ônibus é menos lotado do que o primeiro. Desço na parada certa (pelo menos isso!), e ultrapasso um terreno baldio, que é o melhor caminho para chegar logo à faculdade. Hoje está uma manhã daquelas assim, até gostosinha, com uma brisa fresquinha e um sol quentinho de bom. Mas infelizmente não tenho tempo para aproveitar isso. Anda rápido, rápido! Corre! E segura as coisas para nada cair no chão.
Chego à aula e obviamente no meio de alguma explicação importante. Além de interromper o raciocínio da professora, tenho que me informar por aí o que está acontecendo.

Olha só, não que eu seja uma aluna irresponsável e tal, acho que até agora é o que pareceu. Eu sou uma boa aluna, até me considero melhor do que a maioria. Mas como qualquer ser humano, tenho os meus dias bons e ruins. Queria que os professores se lembrassem disso, assim como que eles também os tem. Mas, vamos lá.

Li todos os textos que foram pedidos - ontem, antes de dormir, mas li. Levanto a mão, faço indagações, observações e reflexões. Acredito que se alguém não fizer isso, o professor fica constrangido, deixado na mão, e a coisa não segue adiante. E ninguém absorve nada depois. Mas sim sim, eles adoram pessoas que se interessam. Que se interessam, e não puxam o saco, saibam diferenciar ambas as coisas.

Ai não! Trabalho em grupo. Confesso que tenho certa dificuldade para fazê-lo, e por uma série de motivos. Alguns deles:

1 - Sou extremamente perfeccionista. Quero fazer tudo, os textos, os slides, as fotos dos slides, a maneira de como o trabalho será direcionado, a forma de apresentação, tudo tem que sair perfeito!
2 - As pessoas sabem que eu sou meio workaholic, e por isso mesmo se aproveitam, entram no grupo só para trabalhar menos, ou quem sabe, dependendo do meu dia, nem fazerem trabalho! Eu sei eu sei, tenho que aprender a mudar algumas coisas...Mas não quero contar com quem não faz nada e me prejudicar.
3 - Contato. É TERRÍVEL! Você manda e-mail, tenta ligar, marca encontro, e ninguém aparece. Tem tambem aquelas pessoas que somem por um longo período: o trabalho será apresentado no dia seguinte, e elas te mandam um email entre as 23 horas e 00:00 perguntando "Qual é a minha parte/fala?"

Acho que esses três motivos já disseram muita coisa.
Depois de formar o grupo, troco dados para contato, e ninguém mais quer saber de discutir o que pode ser feito ali no momento. Tem que ser sempre depois. Eu sou minoria, nem adianta me impor. E olha que eu já tentei...
Saio da aula, dou um tempinho folheando um livro. Daqui a pouco começa a próxima aula, e toda essa ladainha se repetirá. O que muda é o professor, e ele tem o poder de transformar uma ladainha em algo bom. Sabe aquela aula que você tem gosto em ir, que tem gosto de fazer as leituras, de discutir, de ouvir o professor falar, exemplificar, ensinar e também aprender ao te ouvir? Essa é a aula que eu terei agora.

Claro, ela foi ótima! Hoje até conseguir deixar a professora sem resposta. Talvez um dia eu faça filosofia...Ou escreva um livro. Quem sabe?
Pausa para o almoço. Cansei do restaurante universitário, da última vez me cobraram quatro refeições que eu não fiz. E a gente pode reclamar o quanto quiser, o sistema bugado deles diz que eu não paguei quatro refeições. E é claro que eu joguei todos os comprovantes fora, quem vai ficar guardando comprovante de pagamento de almoço todo dia?
Tentei levar o marmitex mesmo, diariamente, mas as vezes dá preguiça, falta de tempo ou mesmo falta de comida para levar em casa. Então acabo que nos dias que tenho aula o dia todo, como coisas de lanchonete. Até tento ser mais light, e como um sanduíche natural. E morro de fome depois.
Depois de mais uma aula, arranjo alguma força sobrenatural para chegar em casa, trocar de roupa e sair para correr. E ali, enquanto meus pés batem no chão, e ali, enquanto transpiro, suspiro, respiro, flutuo até o meu inconsciente. Meu dia some. Meus pensamentos se tornam cada vez mais vagos. Não existe tensão, não existe preocupação. Estou em um momento perfeito de harmonia, enquanto meu espírito se eleva e meu corpo se cansa. Termino meu trajeto exausta, e então tomo uma chuveirada bem maravilhosa. Impossível descrever a sensação da água lambendo a pele suada de tanto esforço.
Opa, preciso comer alguma coisa! Preparo algo com carne e salada, e depois pego uma frutinha. Ainda tenho tempo de trocar algumas palavras com as pessoas da casa, falar ao telefone, e por fim, ler os textos do dia seguinte.

E tudo isso se repetirá amanhã novamente!...?

Eu quero mais.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Xô pessimismo!



É tão fácil ser pessimista! E temos a mania besta de tender para esse lado...É bem mais prático pensar que é melhor não se arriscar, que isso não ficou bom, que aquilo não vai dar certo...
Sabe, eu cansei. Cansei de ser pessimista. Cansei de dizer que eu não sou bonita, que eu nem canto tão bem assim, que os meus desenhos nem são tão bons. Cansei de morrer de medo do amanhã. Cansei da minha baixa-estima. Quer saber? Eu sou bonitinha sim, me olho no espelho todos os dias e gosto de me ver depois de fazer cooper, quando o corpo vibra de adrenalina. Eu sou soprano um, adoro cantar Fantasma da Ópera e uma porção de coisas românticas melodiosas, e todo mundo acha que eu canto super bem - mesmo que eu não alcance AINDA aqueeelas notas altas!
Eu desenho bem, talvez não tudo, mas com esforço eu consigo fazer coisas muito bonitas, tanto que prefiro dar aos outros - que os deixa felizes - do que guardar pra mim!
Eu adoro elogios, carinho, até mesmo quando eu chamo atenção de um pedreiro - eles fazem mais felizes o dia daquelas que se sentem um pouco inseguras. Adoro meu cabelo, meus lábios, minha cintura, as sardas que estão começando a aparecer nas minhas bochechas (é a genética da família...)
Tenho uma porção de sequelas femininas, como estrias, celulites, gordurinhas localizadas...Mas querem saber? Eu não me importo mais. Cansei de ter vergonha de tirar a roupa e desfilar de biquini até conseguir chegar ao mar ou à piscina para me esconder. Mostro o que eu tenho, quem gostar gostou, quem não gostar, não posso fazer mais do que eu já faço para me melhorar!
Tenho vários projetos de futuro, me esforço para caramba, nunca fui tão boa com física e matemática, mas me esforcei, me saía super bem com química, biologia, história e filosofia. Não posso dizer que tenho o raciocínio mais rápido de todos, mas chego lá já já. Tenho o meu próprio tempo, leio alguns livros em algumas horas, outros em semanas. Adoro ler livros. Adoro escrever também. E as pessoas gostam do que eu escrevo, e isso me deixa feliz!
O artigo acadêmico que eu terei que escrever esse semestre será um sucesso, assim como o estágio rápido que farei no hospital. Terei muito sucesso com tudo o que eu fizer, e vou alcançar tudo aquilo que está no meu foco, eu acredito nisso, eu vejo isso, eu SINTO isso. E é tãããão bom!
Adeus ao "se", "não", "talvez", "ruim", "feio" em demasia, e olá a um novo eu, um eu mais de bem com a vida!
Carpe diem, e xô pessimismo!!

domingo, 31 de janeiro de 2010

A lição de Veronika.

Eu assisti ao filme "Veronika decide morrer" esse dias.
Apesar de ser um filme estrangeiro, a obra base é do nosso ator brasileiro Paulo Coelho...Ainda não tive a chance de ler o livro, mas depois de vislumbrar a história cinematográfica, com certeza o farei, principalmente porque geralmente os livros são melhores do que os filmes...

Bom, antes de tudo, vou avisando que vou falar de alguns spoilers. Para quem não sabe, spoiler é quando a gente não omite os fatos da história, quando contamos mesmo, então é bom para: curiosos, pessoas que já conhecem a história e pessoas que não se importam em saber antes. Se você se encaixa em qualquer um desses três perfis, fique a vontade! Senão, recomendo ler o livro ou assistir ao filme antes de continuar...Tem sinopse na Wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Veronika_decide_morrer e o trailer abaixo:



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O filme é realmente incrível e intenso...Não achei que me interessaria porque no começo parece ser muito monótono, mas a própria situação é curiosa...Por que ela decide morrer? Por que ela sobrevive? Por que ela vai parar naquela clínica?
O que eu quero chamar atenção aqui é para a lição do filme...Pois o médico que cuidava daquela clínica psiquiátrica disse à Veronika que ela tinha se prejudicado ao tentar se matar e que só iria viver alguns dias...E isso foi apenas uma forma de ele impulsioná-la a viver todos os dias com toda a intensidade de se saber que pode ser o último dia de sua vida...
Será que todos nós precisamos disso? Precisamos saber que vamos morrer em pouco tempo para valor ao que temos, para aproveitar o que não aproveitamos, para fazer da vida a vida imensa que é? Eu vivo dizendo nesse blog: Carpe Diem, carpe diem!!! Você realmente sabe o que significa isso?
Carpe diem significa não deixar que a sua vida seja uma rotina, é dar valor às pequenas coisas mas saber que o novo é o que sempre dá mais brilho ao que já se tem...Que experimentar o inesperado por ser realmente inesperado, que aqueles momentos insanos e maravilhosos que temos devem ser aproveitados como se fossem os últimos, porque com certeza pessoas dariam tudo para ter esses momentos...! E não os fazem porque o medo é maior, maior do que essa forma de encarar a vida, essa forma louca que faz com que a vida pareça sim ter todo o sentido possível!


Dançar e cantar bem alto na rua. Correr até as pernas não aguentarem. Dar adeus aos ônibus e gastar um dia inteiro andando pela cidade. Comer chocolate. Assistir seriados coreanos. Seriados japoneses. Filmes românticos, comédias...Romance em livros! Ficção. Beber Smirnoff Ice. Rebolar e dançar ouvindo Shakira. Comer pão com sorvete. Escrever coisas aleatórias. Fazer desenhos. Seduzir ele. Sorrir para pessoas desconhecidas. Dar abraços apertados. Experimentar receitas novas. Fazer petit gateau! Fazer amor. Comprar uma coisa bem legal pra você sem pensar duas vezes. Tirar fotos. Revelar fotos! Dar flores. Fazer um tour pela sua própria cidade. Olhar todos os livros possíveis da livraria. Presentear pessoas. Ligar para os amigos. Jogar UNO e Imagem & Ação. Sex on the beach mais doce. Baixar todos os filmes nostálgicos pra assistir. Desenhar. Se arrumar. Fazer piquenique debaixo do prédio. Subir em árvores.

Meu Deus! Tantas coisas bobas e...maravilhosas!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Força.

Estava eu agora no centro espírita assistindo palestra e tomando passe. O palestrante falou muito bem, e ainda nos trouxe uma história muito bonita: a história de Louis. Tenho certeza de que algumas pessoas conhecem.

Louis nasceu na França. Seu pai tinha uma loja que frabricava artigos de couro. Certo dia Louis, com seus sete ou oito anos, resolveu ajudar o pai, e tendo em mãos uma sovela, instrumento cortante, caiu e enterrou a ponta do mesmo em um de seus olhos. Mais tarde, uma infecção no outro olho o deixou cego por completo. Com uma bengala, se guiava pela cidade cativando a todos.
Com o tempo, Louis se esqueceu das cores e das formas do mundo. Apesar disso, ainda queria ler vários livros e queria escrever uma porção de coisas, como faziam os amigos da escola. Assim entrou em uma escola para cegos, e aprendeu as formas em relevo das 26 letras do alfabeto. Porém, as letras eram imensas - um pequeno artigo enchia inúmeros livros e cada livro podia pesar cerca de quatro quilos - e era um meio muito caro e desgastante para fabricar peças literárias. Mais tarde Louis tornou-se professor nessa escola, mas ansiava por encontrar um sistema de leitura bem melhorado para os cegos. Como isso poderia ser possível?
Um dia, em visita à sua casa, ele disse a seu pai algo assim: "As pessoas cegas são as mais isoladas do mundo. Eu posso descrever um pássaro distinguindo-o de outro pelo som. Eu posso conhecer a porta de uma casa sentindo-a com a minha mão. Mas há inúmeras coisas que eu não posso ouvir nem sentir. Somente os livros podem libertar os cegos. Mas não há livros para lermos".
Um dia Louis quis aprender a tocar instrumentos, e como todo bom músico, queria ler e escrever partituras e aprender a música simbólica. Nessa fase de sua vida, certo dia estava ele sentado em um restaurante com um amigo, que o ouvia ler, pacientemente, um artigo de um jornal. Este artigo era sobre Charles Barbier, um capitão do Exército, que tinha um sistema de escrever, o qual podia ser usado no escuro. Ele o chamava Escrita da Noite (night-writing), um sistema de pontos e traços construídos no papel para que a pessoa pudesse sentí-lo com seus dedos. É isso! Se um vidente pode ler no escuro, um cego pode ler! Louis procurou o capitão e lhe pediu que o ensinasse o sistema. O Capitão explicou-lhe que usava um punção ou estilete, instrumento com ponta afiada para fazer os furos e tracinhos num papel grosso. Uma pessoa qualquer poderia sentir os furos e traços no outro lado do papel. Certas marcas significavam uma coisa, outras marcas, outras coisas. O instrumento que o capitão usava era do mesmo tipo, que o ferira quando brincava há tantos anos antes.
Louis aperfeiçoou esse sistema mais e mais para utilizá-lo e permitissem que outros pudessem fazê-lo. Estudou diferentes maneiras de fazer os furos e traços sobre o papel. Finalmente, conseguiu um sistema simples, no qual usava seis furos em diferentes posições dentro deste espaço. Ele podia fazer 63 combinações diferentes. Cada combinação indicava uma letra do alfabeto ou uma pequena palavra. Havia também combinações para indicar marcas de pontuação e outras. Assim, Louis escreveu um livro usando o seu novo sistema, que ganhou seu nome: Braille.
O Braille só foi aceito pelo governo francês depois que se aperfeiçoou o suficiente para ter todos os códigos necessários, como matemáticos e musicais, como se vislumbrou em uma pianista cega, que aprendeu perfeitamente com o sistema e encantou uma platéia francesa.
Assim, Louis Braille sentiu e afirmou que sua missão estava concluída, falecendo dois dias depois dessa certeza, aos 43 anos de idade.


[Fonte da história: Leituras Visuais adaptação por mim]

Com essa história, me lembrei de várias coisas. Várias dificuldades que eu passei, várias dificuldades que tantos estão passando no momento. Sabem, o palestrante também disse algo que ficou para mim: "Deus não colocaria um fardo pesado em ombros frágeis". Isso quer dizer que nada, nada, nada do que passamos é porque estamos sendo castigados, é porque estamos sendo punidos e não há mais nada a ser feito.
Podem me chamar de religiosa, de espiritualista, do que for. Eu tenho a minha fé sim, e tenho essa certeza de que não passamos pelas dificuldades por acaso. Fomos destinados a passar por tudo isso, fomos preparados para isso. Não quero falar de Haiti agora, com certeza foi uma tragédia e tanto, mas acho que o Brasil está pensando demais nisso: vamos falar daqui mesmo. Das dificuldades que passa o Nordeste, das mortes e problemas que alguns paulistas tem enfrentado pelas chuvas...Pensemos nessas pessoas antes de olhar para fora. É claro que ajudar é necessário, a caridade é um ponto de partida para a evolução do ser humano. Mas eu tenho certeza de que essas pessoas foram preparadas antes de nascerem para suportarem todas as tragédias de suas vidas, e tenho a certeza de que com essa força, elas dão a volta por cima e conseguem recomeçar.
Eu digo isso porque eu me considero um ótimo exemplo de recomeços. Não vou ficar citando a minha vida pessoal, e não sei até que ponto uma tragédia é uma tragédia, mas vendo a minha vida agora eu vejo o quanto eu sou forte para ter suportado tudo, por ter seguido em frente e estar construindo coisas bonitas hoje, estar sonhando com um mundo melhor, e fazendo alguma coisa para esse sonho se tornar realidade. Eu não sei quais são as missões que me foram reservadas para essa vida, mas quero dar o meu melhor, porque tenho certeza de que tenho toda a força necessária para fazê-lo. Não sei se chegarei a fazer algo como um grande Sistema Braille, mas com certeza plantarei boas sementes e colherei frutos maravilhosos. E te convido a fazer o mesmo... :)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ano 10!


Feliz Ano Novo pessoal!
Não apareci aqui no Natal, e nem mesmo no Ano Novo propriamente dito. Mas diante das circunstâncias da minha terceira estada em Manaus, julgo apropriado estar falando um pouquinho de um novo ano agora.
Retrospectiva 2009? Bem...como já coloquei nos dois anos que passaram nesse blog, aqui quero dizer que foi um ano realmente de amadurecimento para mim, um ano que eu peguei o meu limite de créditos por semestre duas vezes seguidas, dei o meu máximo e estudei em demasia. Confesso que perdi muitas oportunidades, esqueci de fazer outras coisas, me descuidei até um pouco - ainda que tenha tentado correr SEMPRE, mas eu quis dizer em relação a outras coisas. Mas sabem...É tão legal ver o resultado do seu esforço! Ver que as pessoas reconhecem e valorizam isso. Foi dessa forma que fui convidada para ser monitora e bolsista de um Projeto do PIBIC da minha Universidade. Apesar da ralação, estou adorando!
Foi um ano complicado. Gripe Suína, meu Deus! Pessoas paranóicas, até eu! Peguei uma virose e já me desesperei. Mas apesar de tudo, rendi:
Muitos SS's (nota máxima); alguns quilos a menos; novas amizades; uma máquina nova; duas viroses novas e uma vacina contra febre amarela, o que consequentemente soma três imunizações; duas viagens - Ao Rio e à Manaus; muitos trabalhos, muita apredizagem, criatividade, esforço, amor, paciência, fé. Fiquei feliz por dar mais valor até mesmo ao meu lado espiritual...!
Briguei mais por mim, dei o máximo de atenção que eu pude aos outros, dei apoio ao meu namorado, dei o meu melhor!
E é isso que eu quero para um novo ano: dar o meu melhor! Lutar, correr atrás, estudar, e se eu tiver que mudar de novo e de novo, que seja para eu viver, aprender, crescer mais e mais. Quero força, fé, paz, prosperidade, sucesso, felicidade, em tudo que eu fizer, em todos os momentos, mesmo os ruins, para que eu tenha a garra de superá-los!
E como eu sempre digo por aqui, você nasceu para ser feliz, e é isso tudo que eu também te desejo: Carpe Diem! De uma maneira pessoal, espiritual, cognitiva, racional e também emocional, que tenhamos todos um ano 2010 10, literalmente!
Plantem o bem, que os frutos a serem colhidos são imensamente fantásticos!