sexta-feira, 18 de julho de 2008

Viver a vida como?



Hoje vi um filme muito bonito. Seu nome é "Antes de Partir", sobre dois homens que descobrem que vão logo morrer, e decidem fazer a vida valer a pena antes.
Mas ele se tratava de uma coisa muito importante, e simultaneamente, pouco refletida pelas pessoas.
"Porque nesses últimos meses de sua morte, eu vivi os melhores meses da minha vida"


Você...Leitor. Você, que vive e que goza da vida, já encontrou a sua alegria de viver?
Nós nascemos, ganhamos carinho, roupa, comida. Estudamos. Nos desenvolvemos, formamos a nossa personalidade, começamos a sonhar mais alto. Começamos a lutar para não permanecer sob as asas de nossos mentores.
Conquistamos. Trabalhamos. Nos formamos.
Mas enfim!! Somos felizes? Estamos satisfeitos?
Por que queremos sempre mais?
Viver a vida como? Como viver a vida?

Nós sempre vamos querer mais. É o nosso lado sonhador de ser. É o nosso lado que está em constante busca. A busca por se sentir completo, por se sentir realizado...A alegria de viver.
É como se quiséssemos para sempre sentir aquilo que sentimos quando ganhamos aquilo que tanto desejávamos, quando temos sonhos realizados, quando passamos em vestibular, quando somos promovidos, quando nos mudamos para o nosso próprio apartamento...Esse tipo de sensação. Por que não poderíamos simplesmente permanecer daquela forma para sempre?
Eu acho que essas sensações são apenas meios de nos mover adiante. Querendo mais disso, estamos dispostos a prosseguir.
Um dia a minha irmã disse que todos nós nascemos para ser felizes.
E nascemos, de verdade! É isso que buscamos a nossa vida toda.
E deve ser maravilhoso você chegar ao fim dela, olhar para trás, sorrir e dizer "Nossa, valeu a pena..."
As vezes tenho lembranças de meu passado que me trazem essas alegrias. Como eu fui feliz! Ou aquela frasezinha que uns dizem "Eu era feliz e nem sabia!", principalmente, naqueles dias gostosos da infância, que subíamos nas árvores, aprontávamos todas, e toda comida gostosa era o paraíso para o nosso paladar. Ali dávamos mais valor à vida.
E é por isso que todos devem sempre carregar a "criança que há em todos nós".
Ser feliz é agir que nem criança. E ser criança é tão bom! Eu sou menina moça, sou adulta e criança, sou madura e ainda estou aprendendo.
Vivo cada dia de cada vez, não como se fosse o último, mas como se fosse o primeiro.
E sempre, e gradativamente, e sem pressa, vou aos pouquinhos, encontrando a minha alegria de viver.
E você, já encontrou a sua? :)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Colhendo frutos.


Ahhh não sei exatamente o que dizer, apenas...PASSEIIIII!
Hoje acordei nervosa, tremendo por dentro. Estudei tanto durante o semestre...Plantei todas as boas sementes...Será que crescerão?
Eu tive medo...Eu chorei, eu me senti só, eu quase desisti.
Mas não estava só, de maneira alguma. Profissionais maravilhosos, amigos, namorado, família...Todos estavam presentes, de alguma forma, me dando o apoio que eu precisava.
Bem, hoje, umas 16:30, tomei o ônibus rumo a Universidade de Brasília. Corri, e ali, em frente à lista, estava meu querido, sorrindo para mim em meio à fuzuê dos aprovados. Disse enfim que eu consegui, que eu havia passado. A ficha não caiu. Corri para o mural. Ali estava: Luiza Callafange dos Reis
Não sei descrever o que eu senti no peito...Só sei que abracei meu companheiro e chorei de despejo de medo bobo e alegria intensiva. Corri para a multidão, onde professores e funcionários do meu cursinho se encontravam, torcendo pelos alunos. Levei ovadas, farinhadas e tintadas, abraços e carinhos. Esse tipo de felicidade é indescritível.
Enfim, queria apenas compartilhar com meus leitores a prova concreta de que minha ausência temporária neste blog foi muito bem justificada.
Aqui deixo esses poucos relatos de uma caloura entusiasmada.
E claro, eu gostaria muito de agradecer a todos que me apoiaram. Pai, Mães, irmãos, amigos, namorado, professores...Muito obrigada!
Não vi muitos nomes que gostaria de ter visto naquela lista. Pessoas com quem compartilhei batalhas, e que merecem essa Glória tanto quanto eu. Estou torcendo por elas, assim como elas sempre estiveram torcendo por mim.

Bem...Então, "plantem e decorem o jardim de suas almas", como disse Shakespeare, pois o dia da colheita há de chegar!

:)

terça-feira, 15 de julho de 2008

E viva alguns clichés!



Cá estava eu aqui na calada da noite, divagando...
Ouço por aí muita gente dizendo "Ah, isso é muito cliché..."
E qual o problema de ser? Se hoje existem frases feitas, alguém as fez, não é mesmo? Isso por acaso quer dizer que estamos imitando alguém, ou expondo o que sentimos?
Eu te amo hoje em dia já virou cliché. Isso é um absurdo! Falar que se ama alguém não é falta de originalidade, é apenas sinceridade. Amor sincero é a coisa mais pura e difícil de se ver por aí, não acho que deveria ser cliché. Mas também, há outros casos...Existem "Eu te amo" s falsos por aí, crus e frios, sem intensidade ou significância. Pessoas exageram e extrapolam. Mas...Pessoas não são iguais. E no fundo, são tão parecidas!
Afinal de contas, quem criou esse tal de cliché? Vão dizer que nunca pensaram em algo que alguém já pensou antes? Muitas vezes eu tive idéias que achei super criativas por ter plena certeza de que ninguém mais teria pensado nisso, e quando vou ver...Lá estão elas, prontas e montadas, exatamente como idealizei.
Clichés não passam de meros estereótipos.
E sabem o que mais? Eu quero mais é ser feliz!
Eu te amo é quase que a voz do meu coração. Comédia romântica com final feliz é prazeroso ao meu ver, e fotos em preto e branco são lindas de viver. E não me importo com aqueles que reclamam por criarem seus conceitos de "mesmisse". A vida é maravilhosa, não importa quantas vezes haja repetições, por mais parecidas que sejam, tão diferentes são!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Em memória de um passarinho


Acho que a Vida está tentando me dizer alguma coisa...
Um dia desses, enquanto saí com a intenção de finalmente conseguir caminhar ao lado de minha irmã, nos deparamos com um filhotinho. Um passarinho bem pequenininho, com as peninhas ainda crescendo. Ele estava paralizado no chão e mal se movia, tremendo de frio e medo. O acolhemos...tão pequeno! Como faríamos? Passei um dia o alimentando e aquecendo, mas tive medo de deixá-lo morrer nas minhas mãos...E logo consegui alguém para acolhê-lo. Aí recebi depois a notícia de que ele não sobreviveu.
Quando o encontramos, ele parecia estar quase desistindo de resistir..Mas na manhã seguinte, acordamos com seu pio, e o danado já tentava voar, com pouco sucesso. Tentei até fazer com que ele voasse para casa, perto da árvore de onde o encontramos, mas ele voou em direção a minha blusa...
O pequeno até se empoleira no dedinho e come toda a bananinha amassada que é colocada pertinho do bico.
Eu cuidei bem dele, e poderia muito bem continuar fazendo.
Mas não quis, tive medo, queria desesperadamente entregá-lo a alguém que cuidasse melhor que eu. Talvez isso seja porque quando pequenina, costumava pegar pequenos bichinhos junto com a minha irmã, e por falta de experiência, sempre acabávamos os matando...Mas agora vejo que ninguém faria melhor. E a prova crua disso está no perecer do passarinho.

Bom, aqui está um devaneio bastante pessoal - mas de certa forma, todos são...
Nós temos muito medo de fazer as coisas que conturbam o nosso padrão de cotidiano, não? É só aparecer qualquer coisa incomum que já ficamos com o pé atrás, com medo de arriscar, de falhar, de perder. Eu, particularmente, sempre tive dificuldades de me arriscar.
Entretanto...Confesso que as vezes em que me arrisquei sempre foram maravilhosas, de alguma forma. Se não prazerosas, me ensinaram algo muito importante. Sempre enxergo a minha volta pessoas com medo de se arriscar, mas no fundo, quem tem mais medo sou eu. E é por não perceber isso que se perde o que se poderia ganhar.
Sou bastante imatura para muitas coisas, reconheço. Mas se dizem por aí que sábio é aquele que sabe admitir seu erro...Estou progredindo! Não sou incapaz, quando fui maior que meu medo vi a veemência e a instância com que as coisas se desenrolaram.
Somos muito mais capazes do que temos idéia. É por isso que determinação e sonho são mister em nossa caminhada da vida.
Não tenham medo de dizer do que gostam, o que pensam, o que sonham, o que amam. Não tenham medo de fazer coisas novas, de fugir da rotina, de se aventurarem, de serem felizes.
É isso que tenho a dizer do que eu percebi, porque sempre sabia.
Em memória de um pequeno passarinho.