quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Que venha 2009!



O Natal se passou e eu nem pude deixar-lhes meus votos. Mas para mim o Natal não é o aniversário de Jesus Cristo, é mais uma simbologia disto. Minha mãe me contou a história uma vez...Em um site eu vi um resuminho, que dizia basicamente:
"Parece incrível, mas a escolha da data não tem nada a ver com o nascimento de Jesus. Os romanos aproveitaram uma importante festa pagã realizada por volta do dia 25 de dezembro e "cristianizaram" a data, comemorando o nascimento de Jesus pela primeira vez no ano 354. A tal festa pagã, chamada de Natalis Solis Invicti ("nascimento do sol invencível"), era uma homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma."
(Fonte: Mundo Estranho )

Então, o Natal é mais um momento de unir a família, que fica tão distante no cotidiano do ano...(Seria bom que houvessem mais dias assim então, não?)

Mas então, neste momento, vim com este devaneio para deixar-lhes meus votos de Ano Bom.
Sim, mais um ano chega ao seu fim, e agora temos a oportunidade de repensar e refletir um pouco sobre nossas vidas, sobre o que andamos fazendo de bom, de ruim, de certo, de errado. É hora de repassarmos tudo isso. Hora? Bom, não é que seja, devia ser sempre, mas com um fim e um início podemos juntos nos renovar.
E é isso que eu desejo a todos vocês. Renovação, e com ela, prosperidade e a alegria, aquela alegria de viver.
Tudo de bom a todos, e um Felicíssimo Ano Novo!
Que venha 2009, e que estajamos prontos para enfrentar quaisquer obstáculos, viver quaisquer aventuras, crescer incondicionalmente e amar sem fim!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Povo Brasileiro



O que que é ser brasileiro? Carnaval, futebol e mulher bonita?

O Carnaval vem da sociedade vitoriana do século XI, e a palavra "carnaval" está relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale".

A palavra Futebol vem do inglês "foot" (pé) e "ball" (bola).

Como podem ver, nem aquilo que nos caracterizamos vem das nossas próprias raízes.

Bem, mas o que é ser brasileiro então?
Esse semestre tive uma matéria muito bonita chamada Antropologia e Educação, onde li um livro do fundador da Universidade de Brasília, Darcy Ribeiro, chamado "O Povo Brasileiro", que fala justamente da nossa real natureza. No meu Terceiro Ano, também li um livro interessante chamado "O que faz o Brasil, brasil?", de Roberto da Matta, que também fala um pouco da nossa cultura, do jeitinho brasileiro. E agora quero aqui compartilhar algumas idéias com vocês.

Tudo bem, vamos começar do começo. Como nos formamos?
A nossa terra foi achada, e não descoberta. Aqui já moravam indígenas, povos de tribos distintas e tradições pouco semelhantes. E então, vieram os lusos, que os chamaram de índios - Índio vem da suposição errônea, por parte dos espanhóis, de que estavam na Índia quando desembarcaram na América, e tem um significado de "sem alma". Já indígena vem do latim indigena (indu= dentro; gena=gerado), ou "nascido dentro do país'; nacional, nativo.

Pobre desse povo..."sem nenhum cobrimento de suas vergonhas" (Carta de Pero Vaz), não conhecem o cristianismo, pensavam os portugueses, e precisam ser salvos, pensavam os jesuítas. Imaginem, tentar transformar esses povos da terra em seres escravos e catacúmenos! Esses povos, com suas múltiplas culturas e histórias, terem que abandonar tudo que cultivaram para submeter-se ao português que lhe parecia tão mais poderoso! Claro que nem todas as tribos foram amigáveis, portugueses foram comidos - pois no início da colonização havia indígenas antropófagos - ou incorporados na tribo pelo chamado cunhadismo - que aliás foi a forma que um dos meus antepassados portugueses e indíos deram luz a um mameluco que deu origem à família paterna da minha avó materna.
Mas esses indígenas, tantos dizimados e deculturados pela escravidão, pelas guerras e pelas pestes trazidas pelo homem branco...O que herdamos deles? Geralmente, dizemos que índio é preguiçoso...Mas é isso mesmo? Eles que detinham todo o conhecimento dessa terra nova. Sem eles seria difícil conhecer o território, cultivar os alimentos desta terra - pois não sei se sabem, a mandioca possui uma raiz venenosa, que só pode ser comestível depois de muito tempo de cozimento e cuidado - seria difícil lidar com os animais, com uma terra completamente desconhecida. Pra vocês terem uma idéia, deles herdamos até o banho diário! Mas a maior contribuição de todas, definitivamente, foi a alegria. Pois para eles, leitores, em tudo há um espírito, tudo está entrelaçado, e eles estão sempre em harmonia com a natureza e com a vida, que em sua plenitude merece ser festejada.
E os africanos, alguém sabe o que herdamos deles? Também eram povos múltiplos, povos sofridos, arrancados de suas terras para servir de mula de carga para os portugueses, para escravizados, construírem com seus braços fortes o Brasil. Torturados mesmo por precaução para que não fugissem, eles foram fortes, aprenderam a língua que os capatazes lhe gritavam, e tiveram que esquecer sua cultura para se enraizarem nesta nova terra. Entretanto, a ética africana é antropocêntrica e vital, e eles trouxeram consigo a mais tenra espiritualidade, a idéia de sagrado que se manteve forte dentro de seus corações, pelas grandes perdas e sofrimentos que viveram no Brasil. As religiões africanas hoje já fazem parte de nós, mesmo que nos digamos cristãos, ou seja o que for. Os negros africanos foram tão fundo na construção do país que não são mais eles, somos nós, brasileiros. (Darcy Ribeiro, 2006)
Mas, e os portugueses? São só gente sem coração que escravizou sem dó nem piedade?
Definitivamente, não. Eles trouxeram muito mais do que imaginamos.
Primeiro que, no Brasil, já se formava um porção de gentes, encontradas e mestiçadas. Indíos, africanos, mamelucos, caboclos, mazombos, mulatos, curibocas. O que seria tudo isso? O português veio de uma nação recentemente instaurada, e trouxe consigo toda a estrutura social, política e econômica que o Brasil precisaria para ser Brasil, para ser um povo-nação. Sem os portugueses, não seríamos a nação imensa e sincrética que somos, distribuídas por todo esse Brasil de brasis fragmentados. "Por essas vias se plasmaram historicamente diversos modos rústicos de ser dos brasileiros, que permitem distinguí-los, hoje, como sertanejos do Nordeste, caboclos da Amazônia, crioulos do litoral, caipiras do Sudeste e Centro do país, gaúchos das campanhas sulinas, além de ítalo-brasileiros, teuto-brasileiros, nipo-brasileiros", entre tantos outros. Somos pluriétnicos e multiculturais, minha gente.
Antes de ser brasileiros nós temos uma identidade étnica que deve ser respeitada e reconhecida. Eu não sou igual a você, e você não é igual a ele. Mas somos todos brasileiros, e é por aqui que eu afirmo que o racismo não tem mesmo o menor sentido.
"Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles pretos e índios supliciados. Todos nós, brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram, para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos, e a gente insensível e brutal, que também somos." (Darcy Ribeiro, 2006, página 108)


E é isso, gostaria apenas de compartilhar com vocês o verdadeiro significado do Povo Brasileiro que somos de verdade, e não aquele que os de fora dizem que somos. Tenham orgulho, somos muito mais do que temos idéia ser.

domingo, 19 de outubro de 2008

Felicidade.



Ser feliz e estar feliz. Qual a diferença?
Eu estou feliz em vários momentos...Outros, estou mais séria, mais triste, mais impaciente...Isso faz de mim infeliz? O que o ser e o estar implica?
É mais fácil para o estar ser mutável, pois o ser vem tanto da essência como do sentimento de alguém. Agora mesmo, eu estou feliz. E também sou feliz, minha alma está repleta, não busca a felicidade, busca apenas o crescimento, e a felicidade se faz assim, como se fosse nata.
É, pode não parecer sempre, mas nascemos felizes. Já viram criança? Riem a toa, quando ficam zangadas ou tristes, não passa de dez minutos, e logo já querem saber de uma novidade...A importância a outras coisas se dá a partir do momento em que somos influenciados pelo meio e por nós mesmos - sim, algo bem interacionista mesmo. A televisão mostra o tempo todo, que seremos felizes quando tivermos aquele brinquedo, quando formos àquele lugar, quando assistirmos toda a temporada do nosso desenho preferido. E é assim, simples assim, que vamos crescendo nos moldando à forma imposta pelo mundo.
Muitas pessoas, perante todas as atrocidades que permeiam a nossa atualidade, acabam concluindo que jamais serão felizes, que a vida é um carma em si, que não há porquê de nada e nem motivação para prosseguir. E vamos achando que naqueles momentos em que ganhamos dinheiro, trabalho, aprovação, mérito, aqueles momentos que vemos alguém querido, que passamos bons tempos, que construímos boas lembranças, é quando somos felizes, quando apenas provamos do mais sutil âmago dessa ventura, e não a fomos toda como é. A felicidade, minha gente, não é apenas bem-estar momentâneo, é um estado pleno de graça e contentamento, onde desfrutamos tanto da compahia quanto da reclusão, onde sabemos enfrentar qualquer coisa, mesmo que fraquejamos um pouco. Temos na felicidade a auto-força para levantar, saltar, correr, girar, dançar.
É assim que eu sou. Demorei tanto tempo para perceber isso. Tanto tempo!
Muitas vezes eu pensei ser triste. Pensei na infância, nos momentos maravilhosos que tive com apenas aquela frase "Eu era feliz e não sabia!"
Não...Eu sou feliz. Como qualquer ser humano, choro, fracasso, perco, peco. Mas eu sou tão maior do que tudo isso! Hoje no meu silêncio eu só vejo a reflexão e a serenidade, não mais um refúgio, não mais uma solidão, mas a pura solitude de fazer compahia a mim mesma. Vejo nos obstáculos um desafio para o meu crescimento, e insisto até superá-lo. Enxergo em todas as pessoas alguém que ama e que deseja imensamente ser amado.



O amor...O amor. O amor é a essência de todos os povos, todas as culturas e as mesclagens. É o que nos une, o que nos prova que a felicidade é um estado eterno de gratidão absoluta.


Ah, estou feliz...Eu sou tão feliz! E sempre soube.

Estou!



Olá, queridos leitores!
O que, cinco semanas e nenhuma postagem, Luiza?
Ah, pois é, ultimamente não tenho mais sentado tanto em frente ao computador...Estou passando por um momento de transições, de mudanças e adaptações às mesmas. E acho importante justificar isso porque vontade de escrever eu sempre sinto, e seria um insulto a quem se interessa em ler meu devaneios concluir alguma espécie de abandono da minha parte. Problemas financeiros sérios se instalaram em meu lar por esses dias, então estamos em um processo profundo de economia.
Além disso, estou me interando na Universidade, procurando sempre deixar as leituras em dia, os trabalhos feitos, as atividades extracurriculares prontas. E confesso que estou me divertindo e adorando!
Portanto, aqui está minha breve justificativa.

Ah, os dias. Tenho tido dias ótimos, tenho tido dias mais monótonos, mais cansativos, mais felizes e mais tristes. Estou apaixonada, estou com saudade dos meus amigos, estou estudando, estou correndo, malhando, lendo, ouvindo música. Estou fazendo um tantãozão de coisas! E sentindo outras, incomensuráveis.
Estou com saudade de escrever. Por isso aqui vim.
Sabem o que é pior? Eu sempre acabo pensando em um montão de coisas que poderia compartilhar, e com a correria acabo esquecendo de transcrever. É...Levar um caderninho na bolsa é importante mesmo, senão a gente perde essa imensidão de pensamentos que percorrem a nossa mente!

É mesmo! Estou fazendo uma coisa muito divertida também, que recomendo a todos que façam. É uma atividade da minha aula de Projeto 1, chamada "Caixa Museu", que sugere que montemos toda a nossa vida escolar dentro de uma caixa, da maneira que quisermos. Eu descobri e redescobri fotos, bilhetinhos lááá da quarta série, poesias, músicas, trabalhos divertidos e um monte de coisas que eu fiz ainda pequena. É nessas horas que a gente vê o quanto cresceu - não só no tamanho! Nas idéias, nas dimensões, nos gostos, na personalidade, nas atitudes, nas perspectivas de mundo. O eu que éramos, o eu que estamos construindo e adiante, o eu que nos faremos.


Bom, por hoje serei breve. Não se preocupem, logo haverá devaneios saindo do forno!
Tenham todos uma boa semana, e como disse "Ó capitão, meu capitão", Carpe Diem :)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um dia.



Ela acorda. Já é de manhã? Já está tarde? Que soninho gostoso! Ela quer levantar, mas não importa que poses faça,a cama continua tão confortável!
Como é bom ter aquela noite de sono bem proveitosa...
Ela acorda toda bem disposta, faz a cama, lava o rosto, e se direciona à cozinha com um sorriso leve no rosto. Torradinhas com geléia de morango e um delicioso cappuccino são preparados com vontade, ela come cheia de gosto e resolve lavar toda a louça esquecida que se acumulou na pia. O ânimo é tão gostoso, por quê não aproveitá-lo? Assim, ela prepara um mousse de chocolate com morangos vivos e bem lavados, uma saladinha básica e fresquinha de alface e tomate, um arroz todo colorido, com ovo, pimentão e presunto. O armário também podia levar um trato, não? Até feijão velho já foi devorado por bichinhos de armários. Pronto! A cozinha brilha, e a mesa já está posta e arrumadinha para o almoço que está prestes a ser saboreado, apenas na espera de seus inquilinos.
Ela continua sorrindo, se arruma bonitinha simplesmente porque assim o teve vontade de fazer (é tão bom ser vaidosa as vezes! ). Almoça bem, e ainda aproveita para tirar um pedacinho daquele mousse pra ver se ficou bom. Delicioso! Ai, que perdição...Mas só essa vez vai...
O dia está tão bonito! Ela vai andando até a Universidade. O caminho é longo, mas ela está disposta a fazê-lo, mesmo que o sol aqueça por demasia a sua cabeleira de fogo.
Ao chegar ao seu destino, a aula está em tempo certo. Faz tarefa, vê filme, curte a aula e vai embora. Um pouquinho de cólica...Mas pra quê gastar passagem naquele ônibus? Ele faz uma volta tão grande! E lá se põe ela a andar de novo. Andar é tão bom! É aí que ela percebe seu tênis já gasto e sujo pelos caminhos que trilhou. Deveras ter um estoque de tênis!
Ao chegar em casa, nota que o pai ainda não está. Oba, dá tempo de sair para fazer cooper! Ela se arruma correndo e correndo faz seu exercício diário. Proveitosa como sempre, a corrida dá força e vida ao corpo. Ela chega outra pessoa. Ainda malha o braço em casa e faz umas duzentas abdominais, para incrementar as atividades.
O pai chega, e lá vai ela o cumprimentar e o acompanhar no jantar. Mesmo que haja uma deliciciosa massa, ela prefere seguir com as frutas - a noite é a melhor hora para saboreá-las! - Depois, ela anda com o pai até a farmácia: faltam absorventes e shampoos. Satisfeita, em casa toma aquele banho, aquele que revive e lava até a alma. Hmmmm! E o pensamento vai e volta com o sorriso de um homem...Já não lhe basta trocar torpedos pelo celular o dia todo, a saudade bate e ela pira!
Depois, ela reza com a família, acende vela. No quarto, checa e-mail, vê orkut por falta do que se fazer, dá sorrisos e bocejos. As horas passam tão rápido quando sabemos utilizá-las!
Já é tarde, mas ela quis contar o seu dia, que nem teve algo surpreendente, mas das pequenas coisas se fez produtivo e proveitoso.
Carpe Diem, minha gente! :)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Desabafo


Tenho uma grande necessidade de falar. Apenas mais um devaneio meu...

Hoje o mundo está tão estranho, não está? Eu não consigo me adequar a essa sociedade...Não consigo aceitar essa história de ficar, as drogas e as doenças psicosomáticas que crescem mais e mais aos nossos dia-a-dias. Não julguem o livro pela capa, se eu uso pirceing e pinto o cabelo não quer dizer que eu queira aderir essas barbaridades que vejo assolarem o mundo.
Um dia eu fui muito complexada, e confesso que disso ainda há vestígios em mim. Mas não quer dizer que eu não tente e não esteja tentando me melhorar. Eu era bastante depressiva, daquelas muitas pessoas que não enxergam motivações para crescer, para prosseguir, para ver no sol que nasce um novo dia para recomeçar. Mas eu cansei, cansei de vagar pela minha solidão, cansei de desmerecer a vida, de me desmerecer. E isso levou tempo, caros leitores, eu passei a me reconhecer mais apenas à cerca de dois anos. Me olhei no espelho e vi que eu não me cuidava, não me valorizava, não buscava me melhorar. E quis quebrar os padrões, pintei e cuidei do cabelo, passei a reeducar a minha alimentação, comecei a correr e me apaixonei pelo cooper (Vide texto com tal título, onde para quem não sabe, a moça que corre é esta que escreve).
A minha vida mudou, sabem, mas fui eu quem mudou a minha vida. Eu dei os passos, eu busquei e cresci, e a força veio de mim mesma, quem andou com as próprias pernas fui eu. Não estou arrependida de nada que fiz, acho que tudo que já passei eu sei que foi exatamente o que deveria ser, não mudaria nada se tivesse a oportunidade. Há pessoas que eu gostaria que reconhecessem meu mérito, mas vejo agora que quem mais deve dar o valor merecido sou eu mesma. Eu sou uma pessoa maravilhosa, não tenho a mentalidade da minha geração e tenho muitas expectativas e perspectivas para me desenvolver e trabalhar com esse mundo. Dou sempre e recebo amor, quero trabalhar com as pessoas, quero ler até não aguentar mais, produzir caminhos para ajudar outros a caminharem. Quero viver intensamente, como já vivo, fazendo o que tiver de fazer.
Hoje ouvi dizerem uma coisa verdadeira: As pessoas desaprenderam o amor.
É por isso que temos medo dos outros, discriminamos e não nos importamos tanto assim. Não sabemos usar o amor na vida, e não me refiro a família e amigos, e sim a tudo que fazemos no nosso cotidiano, como trabalho, exercício, comida, ou simplesmente nada! Até fazendo nada com amor no peito sentimos paz e podemos refletir com mais calma sobre o que quisermos.
Gostaria que vissem o mundo de uma maneira menos discriminatória. Aprendermos a pré-julgar com a sociedade em que vivemos, mas se somos tão diferentes, ao reconhecer isso deveríamos enxergar que também somos iguais, sobre determinados ângulos.
A Luiza de ontem não é a mesma de hoje, e a de amanhã já terá experiências completamente distintas. Mudo constantemente de acordo com as necessidades para fazer da minha vida melhpor. Afinal, como posso servir a mais vidas sem cuidar da minha primeiro? Estou mudando a cada dia, pode ser que amanhã eu já nem tenha vestígios de meus passados mórbidos e seja uma pessoa que todos reconheçam e admiram, como eu faço agora. Não espero nada do mundo nem de ninguém, mas tento e sempre tentarei dar o meu melhor a cada dia.
E é assim que eu deixo a minha mensagem:
Amor! Sigam com amor, ele ajuda tanto! Quem julga que não, é porque não vivenciou ainda o que nasceu para vivenciar, como todos nós nascemos. Estou correndo, e carrego um sorriso no rosto enquanto as gotas de esforço descem sobre a minha face, enquanto eu ver que ainda tenho caminho para prosseguir. E se não tiver, eu abrirei novas trilhas, e quem sabe deixar nelas rastros para que outros depois possam passar!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Um pouco de Culturas



Iniciei o meu curso de Pedagogia na Universidade de Brasília. Estou muito feliz, as disciplinas que já frequentei eram exatamente o que eu queria estudar, e eu ainda tenho tanto, mas tanto chão pela frente!
Fora os livros que eu leio, já tive o contato com um bastante interessante, chamado "Cultura: um conceito antropológico", que me despertou um interesse bem maior pela Antropologia. Eu sempre me perguntei "Por que somos tão diferentes, se no fim pertencemos à mesma espécie?" - Observando qualquer animal de mesma espécie, nota-se que os padrões de comportamento deles são todos iguais! Ah...Mas temos diferenças sim. Somos racionais. E como o próprio nome diz, raciocinamos. Dizem que até um ano de idade nós nos portamos de maneira muito semelhante a um primata. Após esse tempo, começamos a desenvolver uma cultura, aprendemos e memorizamos as coisas, com a capacidade de passá-las adiante.
Há pessoas no mundo todo, e o mundo em partes não é igual. É como um organismo: mesmo sendo unidade, possui fragmentos com funções e formas distintas. E determinadas células que habitam esse organismo não possuem as mesmas características funcionais e estruturais, e um bom exemplo é o nosso corpo, que possui diversas constituições celulares. Se eu nascesse num lugar exageradamente frio como o Pólo Norte, me portaria de uma maneira; Se fosse num lugar de clima escaldante, me portaria de outra; Nos desenvolvemos de acordo com as condições que o nosso ambiente natural nos fornece - O clima, o tipo de alimento que é possível plantar ou colher, a matéria-prima que condiciona a construção de roupas, casas e utensílios, entre outras coisas. Não é de se admirar que alguns inuítes construam casas de gelo ao contrário de indígenas, que constroem casas de palha, bambu ou folhas. E é assim que nós humanos, espalhados pelo mundo todo, desenvolvemos culturas diferentes. De acordo com o livro, até nossas risadas caracterizam uma cultura diferente!
É um estudo bastante complexo. A primeira cultura, a primeira linguagem, a primeira voz, a primeira música, os primeiros instrumentos. Muitas coisas que acho muito difícil chegarem a tomar conhecimento. Ainda bem que estamos sempre progredindo um pouco mais, hoje é possível até saber algo a respeito da mulher que tenha iniciado toda a vida humana! Tal fato vem de um documentário produzido pela Discovery Channel chamado "A Origem do Homem", ou "The real Eve" [A Eva real];
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Nos dias atuais, com a tecnologia e as possibilidades de explorar o mundo, é impossível mantermos a mesma cultura. E ainda assim há a tradição forte, como as tribos indígenas que restaram pelo mundo, os rituais japoneses, árabes, chineses...
Eu me recuso a afirmar que possuo uma única cultura. Amo meu Brasil, porém...Canto em japonês, falo em inglês, assisto a filmes franceses, americanos, ingleses, japoneses, chineses, coreanos. Sou amante da literatura estrangeira. Adoro comida chinesa e japonesa, tenho uma vasta coleção de mangás, aprecio uma boa massa italiana, sou fascinada pelo costume e história do povo celta, me encantam as histórias da Grécia, visto quimonos e o que me agradar, pratico rituais cujas origens são mais antigas do que os anos tratados antes de Cristo, vou todo ano às quermesses de agosto do Templo Budista para desfrutar do BON-ODORI (dança folclórica japonesa), comer yakissoba e tempura.
E se for para conhecer e adotar, que me venha mais um pouco de culturas, que sou de mente, corpo, espírito e coração abertos!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Infinito Particular



Eu gosto de tantas coisas! Não sou um ser materialista, tá bom, só um pouquinho...Mas posso viver sem tudo que tenho, mas tenho tudo para viver e adoro essas coisas!
Como criança pequena, gosto de cadernos, vários cadernos, com capa dura e bem ilustrada, cheio de folhas, coloridas ou não, para eu poder escrever tudo que eu quiser. Gosto também de xícaras, daquelas pequenininhas de tomar cafézinho; e adoro as grandes, para tomar bastante daquele chocolate quentinho bem gostoso! Gosto de chaveiros também...Não tenho muitos, mas carrego todos eles; Nas chaves, nas mochilas.
Ahh eu também adoro meias! Daquelas coloridas bem grandes, para por nos pés e correr pela casa, feito menina...
Daquelas brancas bem "colegial", que combinam com a minha sapatilha "Moleca".
Gosto de borrachas, tanto as que fazem uma sujeirada mas apagam bem, quanto aquelas mágicas que não fazem sujeira nenhuma e deixam o papel branco de novo. Gosto de agendas bonitas, para não esquecer das coisas que eu sempre esqueço e registrar os dias importantes e os aniversários queridos!
Gosto de fotos...Muitas muitas fotos, para registrar as risadas verdadeiras e os sorrisos de mentira que os amigos dão nas ocasiões divertidas que queremos relembrar depois.
Gosto de árvores - Por quê "materialismo" tem que ser natureza morta? A viva tá aí também, para aproveitarmos! - daquelas árvores beeeemm grandes, que subo que nem macaco e depois tenho medo de descer; Daquelas que fazem sombrinha gostosa, para deitarmos e nos aconchegarmos por entre a brisa fresca que faz ligeiras cócegas no corpo inteiro...Ah, que calafrio bom!
Gosto de ajudar pessoas e de assistir suas inúmeras reações, e suas brechas de personalidade.
Gosto de cartas, daquelas bem escritas, que fazem a gente rir, chorar, sorrir, ficar sem graça...Aquelas poesias bobinhas, ou devaneios aleatórios que escrevemos para contar qualquer coisa para alguém com quem queremos manter os laços bem fixos;
Gosto de lápis e lapiseira, dos que riscam forte e firme no papel, para eu não errar nos desenhos que faço com carinho. Procuro sempre escrever de lápis também, é mais suave, e se eu estiver afobada e cometer um errinho, não haverá rasuras, lá estará a borracha!
Gosto de filmes. É só ver o DVD que eu queria em promoção nas Lojas Americanas que eu já fico entusiasmada, tenho que levar para mim, e assistir centenas de vezes, e sentir a mesma emoção em todas elas - E acreditem, eu consigo! Daqueles filmes que as pessoas chamam já clichê, que falam de amor, de vida, de felicidade, de destino, de alegrias. Que fazem a gente sentir as coisas, que dão vontades de fazer coisas, que provocam algo em nós. Nem que seja a vontade de uma aventura, como o Jack Sparrow de Piratas do Caribe! Ou quem sabe até vontade de dar amor às pessoas que gostamos, como dá assistindo Amor Além da Vida. Ver filme é tão bom! Principalmente com compahias divertidas e bem apreciadas. E claro, doces! Ahh doces.
Eu aaamo doces. É como se o meu sangue pedisse por eles. Confesso que é um vício, mas há quem diga que um bom chocolate não torne os momentos tristes um pouquinhozinho melhores...
Eu também gosto do mar. Moro bem longe dele, mas confesso que em meus sonhos e imaginação eu estou sempre ali, olhando para a lua e sentindo a areia aquecida pelo sol do dia com o som das ondas..."Dos mares, onde as ondas movem-se com o beijo dos ares..."
Ahhh eu gosto de tantas coisas!!! De vestidos bem grandes e maravilhosos pro vento balançar...
Meus mangás! Meus livros! Minha literatura. Ahh eu adoro ler...Romances, ficção, aventura. Ler já é uma grande aventura! Assim como em filmes, gosto de leitura que me provoque vontades, sentimentos, lições para aprender.
Gosto da vida...E de tudo que ela tem para oferecer!

Como uma comunidade do orkut, que diz: "Prazeres Amelie Poulain"...

Esse foi um devaneio de uma moça "pequenina e também gigante", como diz a Marisa Monte em uma música, e que combina bem com tudo isso. Qual o título dela? É o próprio título desses dizeres!
Estou feliz, meus caros leitores...A vida fica tão bonita com um toque de paixão! Não quero parar de viver! E de amar também...Todas as coisas...Todas as pessoas. Tudo tudo!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Viver a vida como?



Hoje vi um filme muito bonito. Seu nome é "Antes de Partir", sobre dois homens que descobrem que vão logo morrer, e decidem fazer a vida valer a pena antes.
Mas ele se tratava de uma coisa muito importante, e simultaneamente, pouco refletida pelas pessoas.
"Porque nesses últimos meses de sua morte, eu vivi os melhores meses da minha vida"


Você...Leitor. Você, que vive e que goza da vida, já encontrou a sua alegria de viver?
Nós nascemos, ganhamos carinho, roupa, comida. Estudamos. Nos desenvolvemos, formamos a nossa personalidade, começamos a sonhar mais alto. Começamos a lutar para não permanecer sob as asas de nossos mentores.
Conquistamos. Trabalhamos. Nos formamos.
Mas enfim!! Somos felizes? Estamos satisfeitos?
Por que queremos sempre mais?
Viver a vida como? Como viver a vida?

Nós sempre vamos querer mais. É o nosso lado sonhador de ser. É o nosso lado que está em constante busca. A busca por se sentir completo, por se sentir realizado...A alegria de viver.
É como se quiséssemos para sempre sentir aquilo que sentimos quando ganhamos aquilo que tanto desejávamos, quando temos sonhos realizados, quando passamos em vestibular, quando somos promovidos, quando nos mudamos para o nosso próprio apartamento...Esse tipo de sensação. Por que não poderíamos simplesmente permanecer daquela forma para sempre?
Eu acho que essas sensações são apenas meios de nos mover adiante. Querendo mais disso, estamos dispostos a prosseguir.
Um dia a minha irmã disse que todos nós nascemos para ser felizes.
E nascemos, de verdade! É isso que buscamos a nossa vida toda.
E deve ser maravilhoso você chegar ao fim dela, olhar para trás, sorrir e dizer "Nossa, valeu a pena..."
As vezes tenho lembranças de meu passado que me trazem essas alegrias. Como eu fui feliz! Ou aquela frasezinha que uns dizem "Eu era feliz e nem sabia!", principalmente, naqueles dias gostosos da infância, que subíamos nas árvores, aprontávamos todas, e toda comida gostosa era o paraíso para o nosso paladar. Ali dávamos mais valor à vida.
E é por isso que todos devem sempre carregar a "criança que há em todos nós".
Ser feliz é agir que nem criança. E ser criança é tão bom! Eu sou menina moça, sou adulta e criança, sou madura e ainda estou aprendendo.
Vivo cada dia de cada vez, não como se fosse o último, mas como se fosse o primeiro.
E sempre, e gradativamente, e sem pressa, vou aos pouquinhos, encontrando a minha alegria de viver.
E você, já encontrou a sua? :)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Colhendo frutos.


Ahhh não sei exatamente o que dizer, apenas...PASSEIIIII!
Hoje acordei nervosa, tremendo por dentro. Estudei tanto durante o semestre...Plantei todas as boas sementes...Será que crescerão?
Eu tive medo...Eu chorei, eu me senti só, eu quase desisti.
Mas não estava só, de maneira alguma. Profissionais maravilhosos, amigos, namorado, família...Todos estavam presentes, de alguma forma, me dando o apoio que eu precisava.
Bem, hoje, umas 16:30, tomei o ônibus rumo a Universidade de Brasília. Corri, e ali, em frente à lista, estava meu querido, sorrindo para mim em meio à fuzuê dos aprovados. Disse enfim que eu consegui, que eu havia passado. A ficha não caiu. Corri para o mural. Ali estava: Luiza Callafange dos Reis
Não sei descrever o que eu senti no peito...Só sei que abracei meu companheiro e chorei de despejo de medo bobo e alegria intensiva. Corri para a multidão, onde professores e funcionários do meu cursinho se encontravam, torcendo pelos alunos. Levei ovadas, farinhadas e tintadas, abraços e carinhos. Esse tipo de felicidade é indescritível.
Enfim, queria apenas compartilhar com meus leitores a prova concreta de que minha ausência temporária neste blog foi muito bem justificada.
Aqui deixo esses poucos relatos de uma caloura entusiasmada.
E claro, eu gostaria muito de agradecer a todos que me apoiaram. Pai, Mães, irmãos, amigos, namorado, professores...Muito obrigada!
Não vi muitos nomes que gostaria de ter visto naquela lista. Pessoas com quem compartilhei batalhas, e que merecem essa Glória tanto quanto eu. Estou torcendo por elas, assim como elas sempre estiveram torcendo por mim.

Bem...Então, "plantem e decorem o jardim de suas almas", como disse Shakespeare, pois o dia da colheita há de chegar!

:)

terça-feira, 15 de julho de 2008

E viva alguns clichés!



Cá estava eu aqui na calada da noite, divagando...
Ouço por aí muita gente dizendo "Ah, isso é muito cliché..."
E qual o problema de ser? Se hoje existem frases feitas, alguém as fez, não é mesmo? Isso por acaso quer dizer que estamos imitando alguém, ou expondo o que sentimos?
Eu te amo hoje em dia já virou cliché. Isso é um absurdo! Falar que se ama alguém não é falta de originalidade, é apenas sinceridade. Amor sincero é a coisa mais pura e difícil de se ver por aí, não acho que deveria ser cliché. Mas também, há outros casos...Existem "Eu te amo" s falsos por aí, crus e frios, sem intensidade ou significância. Pessoas exageram e extrapolam. Mas...Pessoas não são iguais. E no fundo, são tão parecidas!
Afinal de contas, quem criou esse tal de cliché? Vão dizer que nunca pensaram em algo que alguém já pensou antes? Muitas vezes eu tive idéias que achei super criativas por ter plena certeza de que ninguém mais teria pensado nisso, e quando vou ver...Lá estão elas, prontas e montadas, exatamente como idealizei.
Clichés não passam de meros estereótipos.
E sabem o que mais? Eu quero mais é ser feliz!
Eu te amo é quase que a voz do meu coração. Comédia romântica com final feliz é prazeroso ao meu ver, e fotos em preto e branco são lindas de viver. E não me importo com aqueles que reclamam por criarem seus conceitos de "mesmisse". A vida é maravilhosa, não importa quantas vezes haja repetições, por mais parecidas que sejam, tão diferentes são!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Em memória de um passarinho


Acho que a Vida está tentando me dizer alguma coisa...
Um dia desses, enquanto saí com a intenção de finalmente conseguir caminhar ao lado de minha irmã, nos deparamos com um filhotinho. Um passarinho bem pequenininho, com as peninhas ainda crescendo. Ele estava paralizado no chão e mal se movia, tremendo de frio e medo. O acolhemos...tão pequeno! Como faríamos? Passei um dia o alimentando e aquecendo, mas tive medo de deixá-lo morrer nas minhas mãos...E logo consegui alguém para acolhê-lo. Aí recebi depois a notícia de que ele não sobreviveu.
Quando o encontramos, ele parecia estar quase desistindo de resistir..Mas na manhã seguinte, acordamos com seu pio, e o danado já tentava voar, com pouco sucesso. Tentei até fazer com que ele voasse para casa, perto da árvore de onde o encontramos, mas ele voou em direção a minha blusa...
O pequeno até se empoleira no dedinho e come toda a bananinha amassada que é colocada pertinho do bico.
Eu cuidei bem dele, e poderia muito bem continuar fazendo.
Mas não quis, tive medo, queria desesperadamente entregá-lo a alguém que cuidasse melhor que eu. Talvez isso seja porque quando pequenina, costumava pegar pequenos bichinhos junto com a minha irmã, e por falta de experiência, sempre acabávamos os matando...Mas agora vejo que ninguém faria melhor. E a prova crua disso está no perecer do passarinho.

Bom, aqui está um devaneio bastante pessoal - mas de certa forma, todos são...
Nós temos muito medo de fazer as coisas que conturbam o nosso padrão de cotidiano, não? É só aparecer qualquer coisa incomum que já ficamos com o pé atrás, com medo de arriscar, de falhar, de perder. Eu, particularmente, sempre tive dificuldades de me arriscar.
Entretanto...Confesso que as vezes em que me arrisquei sempre foram maravilhosas, de alguma forma. Se não prazerosas, me ensinaram algo muito importante. Sempre enxergo a minha volta pessoas com medo de se arriscar, mas no fundo, quem tem mais medo sou eu. E é por não perceber isso que se perde o que se poderia ganhar.
Sou bastante imatura para muitas coisas, reconheço. Mas se dizem por aí que sábio é aquele que sabe admitir seu erro...Estou progredindo! Não sou incapaz, quando fui maior que meu medo vi a veemência e a instância com que as coisas se desenrolaram.
Somos muito mais capazes do que temos idéia. É por isso que determinação e sonho são mister em nossa caminhada da vida.
Não tenham medo de dizer do que gostam, o que pensam, o que sonham, o que amam. Não tenham medo de fazer coisas novas, de fugir da rotina, de se aventurarem, de serem felizes.
É isso que tenho a dizer do que eu percebi, porque sempre sabia.
Em memória de um pequeno passarinho.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Você já olhou para o céu hoje?



"Você é apenas um pontinho minúsculo, que ousa saber que é feito da mesma matéria das estrelas, mas insignificante, no meio da imensidão de muitas galáxias que você está vendo no céu. Ao mesmo tempo, esse firmamemento que o encanta é apenas o reflexo do passado. A luz do astros viajou milhões ou bilhões de anos terrestres para chegar até aqui. O que você está vendo é um céu de diferentes idades, variando as idades com a distância de cada corpo celeste que você consegue ver a olho nu. Contemplando o cosmos, tudo o que vemos é passado.
(...)
A emoção que nos causa um céu realmente estrelado, daqueles que só podemos ver ao longe das grandes cidades e, preferencialmente, na montanha, é algo difícil de descrever. Se nos dispusermos a deitar no chão e fitar o firmamento por algum tempo, logo nos sentiremos mergulhados nele, como se as estrelas nos abraçassem, como se velhas conhecidas.
Esse é um caminho para viver os mágicos momentos de harmonia, ou de sintonia, com a natureza, com o mistério da nossa vida, do qual fugimos sempre, fingindo-nos imortais e muito ocupados com a nossa sociedade."

Eis aí um trecho interessante do livro que estou lendo: "...Todas as mulheres são bruxas", de Isabel Vasconcellos. Não julguem o título, é um livro maravilhoso com lições muito importantes que todos deveriam ter ao menos uma ligeira noção. Enfim, aqui coloco o devaneio que tal leitura me provocou. Na verdade, cada capítulo explicativo me cria idéias para escrever, mas muitas vezes acabo deixando-as ao léu, e acabo por não compartilhá-lhas. Minhas sinceras desculpas, leitores, realmente acabamos "fugindo" das coisas sem nos dar conta...

Mas então. Você já olhou para o céu hoje? Sempre me pego obcecada por tal arte da natureza. Sempre me perguntei muito por quê o céu é azul. A resposta está em como os raios solares interagem com a nossa atmosfera terrestre, e aqui posso afirmar que nem sempre o céu é azul, tanto que o vemos negro à noite ou até avermelhado ao pôr do sol. Mas o céu...É esplêndido, seja como for.
Vocês já se perderam no céu? Não há um dia em que eu não o contemplo, há sempre uma janela aonde eu estiver para o fazer. Não importa o tempo em que o observe, me dá sempre uma sensação de paz e tranquilidade, que nem aqueles dias em que ficamos em contato direto com a natureza. Acho que somos muito estressados com a vida cotidiana e muitos de nós acabam não dando valor a essas pequenas coisas...Eu disse pequenas? Não, não mesmo...O céu é imenso! Olha só, parece que não acaba!
Este é realmente um devaneio...Que assunto estranho, é só o céu oras! Mas...Teimo em dizer que "só" o céu...já é um meio maravilhoso de me acalmar, de me relaxar. Por que não para outros?
Ué Luiza, mas e os dias nublados? Adoro eles também. Há muitos anos atrás, escrevi bem assim no meu caderno de escola:
"Chuva são lágrimas de uma planeta que chora por falta de cuidado e valor"
Poético...Mas hoje, já digo que a chuva é linda, como dito em um devaneio anterior, pode até ilibar todo o mal, ajuda a vida a crescer, ainda que as vezes venha a provocar dilúvios...Que todos os que foram prejudicados com eles me desculpem, mas os dilúvios também são necessários...Infelizmente, as pessoas de nosso mundo precisam de dor também para que possam aprender. E mesmo assim, há ainda as que não captam as mensagens que as tragédias da Terra nos trazem.
Algumas vezes em que me vi frustrada com algo, olhei lá fora e vi o céu conturbado, como se ficasse zangado pelo meu sentimento ruim e tentasse me corresponder, me consolar. A chuva que ele me traz também me faz dormir mais aconchegada. O sol que nasce na alvorada também entra no meu quarto para me dar bom dia. As estrelas estão sempre ali, sábias e antigas, brilhando para nós, como se zelassem por nós. E é ali no céu que vejo o meu astro mais querido, a lua linda que resplandesce na noite que cai.
Pintura viva...Cheia de algodões com mil formatos que já tanto brinquei, ou até mesmo o belo azul nu, rosa, vermelho, laranja e amarelo. Tão bonito o céu!
Você já olhou para o céu hoje?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Expectativas



O que acontece quando as nossas expectativas não são correspondidas?
Sabemos muito bem o que acontece. Ficamos magoados, irritados, deprimidos. Mas isso vem apenas e nada mais além da nossa mente. Por quê criamos expectativas?
Uma pessoa em especial tem me ensinado um pouco sobre isso. É que nós somos muito diferentes em algumas coisas, e as vezes eu acabo idealizando coisas que eu queria que ela fosse ou que ela fizesse. E é claro que ela não vai atender a isso, ela é o que é e não vai se modificar por minha causa. E afinal, eu gosto dessa pessoa porque ela é o que é, não o que eu gostaria que ela fosse, certo?

Uma vez meu pai me disse "É impossível não criar expectativas, uma hora ou outra isso acaba acontecendo." Eu concordo com ele, as vezes perdemos um pouco o controle da nossa mente e somos dominados por sentimentos ruins e egoístas...Mas nós mesmos que escolhemos abrigar ou não esse tipo de pensamento. Não que sejamos fracos...Não somos perfeitos. Mas a maioria acaba por abrigar. Digo isso porque conheço pessoas, e como uma delas, erro também. O mais importante é que se aprenda com isso, que se aceite isso e se saiba que é bobeira, que há a oportunidade de compreender a si mesmo e tentar melhorar, sempre.
Hoje eu esqueci essa história de expectativas, e o meu dia foi lindo.
Recomendo a experiência! E quem sabe...Torne-se prática. :)

sábado, 14 de junho de 2008

O retorno!


Meus felicíssimos cumprimentos a todos!
Primeiramente, gostaria de agradecer à minha amiga Mare, que deixou uma postagem de homenagem e amizade enquanto estive ausente. Obrigada querida amiga...Você faz falta, sabia?
Não pensem que abandonei este canto de devaneios meus, mas como dito anteriormente, estava em uma época de batalhas, não que eu tenha saído dela, mas o semestre de cursinho se encerrou enfim e as provas de vestibular foram realizadas neste fim de semana – Quer dizer, a segunda parte ainda é neste domingo, mas já posso vir aqui contar-lhes um pouco da minha rotina. Não vou dizer como me saí, porque já não importa, dei o meu melhor, assistindo aula de segunda a sábado das 07h20min da manhã até 12h50min e estudando nos mesmos dias das 14 da tarde até as 21:00 da noite, num local que lá nomeiam “Cemitério”, justamente pelo silêncio das mentes que se afundam em esforço...
Dei realmente o que pude de mim mesma, e não quero me descabelar com medo do resultado, porque para mim eu já tive resultado, pude estudar muito e me vi crescer e amadurecer em muitas coisas. É realmente outra coisa quando estudamos não para passar de ano na escola, mas porque queremos fazer algo e queremos aprender... Seria maravilhoso se todos pudessem pensar dessa maneira, não?
De qualquer forma, este semestre valeu e muito a pena para mim. Acabei ficando distante de algumas pessoas que prezo muito, mas também pude ficar um pouco mais próxima de pessoas queridas e pude conhecer pessoas maravilhosas que vieram para ficar na vida – Paulo, Tamires, Natália, Leonardo e Karen.
O Paulo, em especial, ficou ali ao meu lado a maior parte do tempo, batalhando paralelamente à minha luta, e nos apoiamos muito mesmo, gostaria que ele soubesse como lhe sou grata por isso.
Tamires, me perdoe por usar seu nome, mas quero que as minhas palavras soem o mais sérias possíveis, porque quando se trata de sentimento, o meu é o mais sincero possível, e você com certeza tem grande significado nos meus dias ao seu lado – e mesmo nos dias sem você!
Natália... Como foi bom ter conhecido você. Eu não achei que existiria alguém assim tão pertinho de mim com tantas semelhanças! A gente as vezes se questiona sobre “almas gêmeas”, mas com as nossas experiências...É impossível dizer que não existam.
Leonardo, pelo pouco que compartilhamos também me deu muito apoio e sei que sempre estará ali quando eu precisar, assim como ele sabe que eu estarei.
Karen, querida Karen, que veio tão firme para a minha vida. Eu nunca vou esquecer do dia em que você me acompanhou ao shopping para procurar presentes de dia das mães para as minhas duas, a sua insistência, o seu apoio e os momentos que tivemos ali juntas, vendo coisas divertidas, conversando e tomando um Chocomac. Você, sem almoço e tendo uma aula para assistir, ficou ali até se certificar que eu estaria bem e compraria o que precisasse. E ainda pegou um ônibus que dava uma voltinha a mais só pra me acompanhar. Agradeço muito o seu apoio e a sua amizade, desejo toda a felicidade do mundo nesse seu coração, que é tão tão bonito!
Enfim, tinha que falar um pouquinho dessas pessoas, que foram tão importantes para mim.
E além delas, há uma mais. Uma pessoa que eu acabei me distanciando um pouquinho, mas mesmo assim parece que estamos sempre próximas. Uma pessoa que desde que me conhece me deu apoio e força, uma pessoa linda por dentro e por fora que sempre me ouviu, me aconselhou e me deixou chorar. Uma pessoa que eu gosto demais, que entrou comigo para este cursinho, e mesmo em meio a dificuldades que se sucederam, não pretende desistir de seu sonho, não importa quantas vezes tenha de tentar. Alguém que eu amo imensamente, e que estou sempre torcendo. Uma pessoa chamada Tatiane.
Eu realmente sou grata a muitas pessoas, pelo apoio que me deram e pelos sorrisos que me provocaram. Não sou muito de fazer propaganda e essas coisas, mas o Dínatos realmente fez diferença na minha vida. Os monitores maravilhosos que foram sempre atenciosos e pacientes comigo, tirando as dúvidas mais bobas às mais complexas; Professores excelentes que me fizeram entender coisas que na escola odiava por não querer conhecer – E aqui tenho muito que agradecer ao professor Neto, que por ter me ouvido chorar uma única vez influenciou e muito no meu empenho. Aquele lugar é maravilhoso, vou sentir falta, mesmo com força sobrenatural que fiz para me manter.
Enfim, esse post é só uma pequena forma de comunicar-lhes que meus textos voltarão. Talvez não tão constantemente, já que ainda tenho muito a conquistar, mas sempre que possível, virei, com os meus Devaneios Aleatórios.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Amar-te.

Olá, leitores. Como no poste a baixo ficou bastante claro, a Luiza está ausente por uns tempos, mas, via msn, ela me fez uma oferta. Disse que adoraria que eu deixasse devaneios meus aqui. Pois bem, aqui estou. Poderia fazer um texto falando sobre qualquer coisa, até mesmo sobre nada... Entretanto, hoje pretendo falar de uma pessoa. Uma pessoa maravilhosa.
Dessa pessoa sinto uma saudade tão absurda que em meu peito, meu coração encontra-se totalmente apertado. Parece até que bombearam sangue demais para ele e está prestes a explodir.
Faz pouco tempo desde o início de nossa temporária despedida, mas e essa saudade? Ela veio rápido demais, não? Talvez eu tenha deixado-me cativar depressa demais...
Ah, se essas simples palavras, uma carta que será enviada ou até mesmo um e-mail mandado pudesse suprir minha reais necessidades de ti, seria perfeito!

Querida Luiza, é só isso o que hoje vim aqui dizer. Sinto sua falta.
Você é uma amiga como poucas, especial em demasia. De todas as estrelas do céu distante, você é aquela brilhante, estrela cadente.
Esforce-se, estude, dedique-se e me traga bons resultados, eu lhe peço! Torço por ti a cada instante! Sei que vai conseguir. E nunca, mas nunca mesmo, se esqueça de que mesmo que no Rio de Janeiro, existe uma pequena pessoa que gosta muito de você.

Aguardo (e aposto que todos os leitores também) seu retorno.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Fora do Ar!

Aos meus fiéis leitores,



Este semestre, me comprometi iniciar um cursinho e me dedicar aos estudos - Não por obrigação, mas porque eu cansei de levar a vida de estudante como algo sem valor, e realmente quero me esforçar para conseguir fazer Psicologia, e quero tentar a Universidade de Brasília para conseguir desta vez, porque nas outras eu só quis tentar, não quis realmente me esforçar para conseguir.
Sentirei falta de escrever aqui...E de fazer muitas outras coisas as quais julgo importantes, ou estar com pessoas que realmente significam. Mas sabem...No início deste ano, eu fiz uma promessa. Disse para mim mesma que este seria o meu ano, o momento de eu me dedicar a mim e aos meus sonhos. E este ano farei muito mais que o meu melhor para que um sonho deixe de ser sonho, para que um sonho seja realidade. Então, vim me despedir temporariamente para poder iniciar e atingir as minhas metas a partir desta semana. Mas não se preocupem, meu intuito de me desligar de algumas coisas é apenas por este semestre, pois em seguida, terei muitos devaneios para compartilhar com todos.
Além do mais, se eu conseguir ter acesso ao virtual, para aqueles que precisarem se comunicar, acessarei quando puder meus e-mails.
Agradeço muito o apoio e o gosto daqueles que lêem e apreciam meus Devaneios Aleatórios.
E também por todos os amigos maravilhosos que tenho.

Obrigada, leitores meus!
Aguardo ansiosamente o alcance de minhas metas e meu retorno à este mundo que tanto prezo, de palavras e universos!

Luiza - ou como diz o próprio significado de meu nome,
Guerreira Gloriosa.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Mundo das Canções



"Ela encara a tela de seu mundo virtual. Certeira, vai diretamente aos arquivos de música nomeados com a artista Loreena Mckennit, e vai abrindo um por um, em seus próprios intervalos de tempo. As músicas são sempre parecidas, mas sempre diferentes. Vão entrando devagarzinho no ouvido, penetram a mente e a levam para um outro lugar. Algum lugar que ela desconhece e conhece, como se um dia estivesse existido ali...Algum lugar onde a mente se solta, onde todos os sentidos estão mais aflorados, onde todas as cores são mais fortes, todos os aromas mais doces e o corpo tão leve voa e dança com o beijo dos ares."

Música. Há algo mais profundo? Há quem goste e quem não goste de música. Há quem goste de todos os tipos, de tipos únicos, de tipos diversos e tipos que não têm relação nenhuma uns com os outros. Há quem goste de barulho, há quem goste de melodia. De letras bem feitas, de letras que farão com que alguém se identifique, se emocione, se revolte. Há também quem goste de letra nenhuma, onde o real significado vem da canção, das batidas, do tempo, dos intrumentos, do compasso, do passo, da sensação.
Eu amo música. Fazem parte de meu canto, meu cotidiano, meu livre-arbítrio, meus sentimentos, meus sonhos, meus medos, meus lados todos de ser. E não quero saber qual rótulo me darão por elas. Gosto de Epica, de Loreena, de Blackmore's Night, de Pitty, de Rammstein, de Inkubus Sukkubus, O Teatro Mágico, Mozart, Apocalyptica, Beethoven, música celta, medieval, MPB, metal gótico, industrial, as músicas de "O fantasma da Ópera", de Moulin Rouge, de Animes...De muita coisa! Adoro violão celo, violino, piano, gaita de foles, órgão, harpa, as notas, as vozes, os gestos, as técnicas...E tanto mais...Mas este devaneio já tem tantas vírgulas, que deixarei para meus leitores implementarem seus mundos de canções.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Chove, Chuva...

"A chuva cai todos os dias

Como se não tivesse fim...

E eu, atónita, observo as gotas frias

A lavar os prantos em mim"




A chuva é capaz de ilibar até o mal que permanece com as brigas. E brigas...
Brigas são coisas tão tolas...Mas também inevitáveis em nós. Pessoas brigam quando idéias, conceitos ou sentimentos se divergem. Não aceitamos o fato de estarmos errados, geralmente sempre acabamos nos defendendo com o ataque...E os valores somem, o respeito e o limite são transcendidos e acabamos extrapolando...Quantas vezes agimos ou vemos pessoas agirem jogando frases que jamais diriam em seu perfeito juízo? Brigas nos regridem, nos machucam, nos jogam ao chão.

Me pergunto por que elas acontecem...As pessoas precisam se respeitar, e respeito não quer dizer sucumbir às vontades do outro...

Mas afirmo também, caros leitores, que as brigas, por mais terríveis que sejam, são necessárias. Com as brigas, enxergamos além do natural. Uma pessoa em estado agressivo expressa tudo aquilo que não tem coragem de assumir, mesmo que pensasse em coisas por pensar e jamais tivesse intenção de revelá-las. Com as desavenças somos capazes de ver as coisas sob diversas perspectivas, talvez até encontrar alguma solução.

Brigar enfim é uma forma de envolver-nos com o universos dos outros...É um meio de repensarmos nossos atos e agirmos de forma diferente. É uma condição imposta para que possamos refletir e em seguida progredir ou regredir. No fim...Só depende de nós!



Ahh, a chuva...A incessante angústia que molha o mundo lá fora...

Espero que ela passe pelos cantos aflitos e "lave-os embora".

Porque quando a chuva cessar...O sol volta a iluminar todos estes cantos...Todos estes mundos e universos, corações e flores.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Metu.



Medo.
do Latim metu


s. m.,
terror;
receio;
susto.


loc. adv.,
a -: com receio.


O que é o medo? Uma sensação, um sentimento, uma ilusão?

Se o ser humano considera-se imperfeito, o medo é uma das coisas que o torna digno de tal imperfeição. Não importa de que maneira, o medo sempre tenta nos limitar de alguma forma. Muitos tentam e conseguem lutar contra ele, outros sucumbem e se consomem.

Em minha opinião, tudo tem um limite, até o próprio medo. As vezes somos deixados levar por essa dor a um tal ponto que tornamo-nos incapazes de realizar qualquer outra coisa. O medo nos limita, nos impede, nos segura, nos atrasa.

Não quer dizer que eu não o tenha também. Sou humana, como qualquer pessoa. Mas ultimamente tenho observado muito como isso mexe com as pessoas. Como elas são impedidas por elas mesmas de prosseguir, mantendo o medo dentro delas.

E ninguém disse que é fácil vencer um medo. Não, não é, e eu me atrevo a dizer que estou lutando contra um agora. O medo já me fez perder muitas vezes, e por experiência própria, posso afirmar que isso é matante, e depois de muito, posso compreender finalmente como é importante lutarmos contra esse...sentimento, que sempre nos assombra a mente de uma forma ou outra.

Porque se nós mesmos não tomarmos essa iniciativa, quem tomará por nós?

domingo, 6 de janeiro de 2008

Cooper

O relógio marca seis horas e meia da tarde. Ela desce as escadas, ajusta mais uma vez o prendedor para se certificar que os cabelos se manterão ali presos. Hoje o sol já não está tão forte, e há até uma leve brisa passando pela grama que não é aparada há tempos. Ela começa a preparar os músculos, esticando-se como se fosse tocar o céu. E inicia sua jornada.
Primeiramente começa seu percurso a curtos e ligeiros passos, para poder respirar e observar o mundo. Naquele horário sempre há simpáticos velhinhos para desejar-lhe uma boa tarde, e também pessoas daquela pequena região que estão retornando do trabalho para casa, ansiosas para poderem ter seu restinho de dia para descansar. O céu na maioria das vezes está limpo, e sempre há algumas nuvens que podem ter infinitas formas que ela mesma cria em mente. Suas cores são diversas com o azul misturando-se ao vermelho e amarelo do sol poente. Quando seu percurso ganha a primeira volta, ela começa a correr.
Não importa agora se a julgam, se ela não está com a aparência das mais agradáveis, se ela tem problemas, se ela tem defeitos. Ali nada importa. Só há agora o foco da continuidade. Ela toca o chão com os pés com uma força maior, para poder ser mais rápida. Só há mais chão pela frente, até aonde ele a levar. A respiração já está ao ponto ofegante, a roupa começa a ficar molhada e as gotas de esforço lhe escorrem pela face, pelas costas e pelo busto, o coração já ameça saltar para fora...Mas ela não vai parar...Não vai desistir...Ali é o momento em que ela se sente mais viva, que ela sente a vida se manifestando dentro dela, e também fora, onde a brisa procura aliviar um pouco o calor que se espalha por cada ponto de seu ser...E ela não quer parar...Porque sabe que no fim terá respostas e resultados para todos os pensamentos que foram organizados e para tudo o que ela deseja alcançar.
Já é tarde. Ela se encosta na parede, desce até o chão, sem forças. A garrafa de água se encontra completamente vazia, e seu corpo está esgotado, está latejante, e seu coração quase que tem um som contínuo de tão veloz que salta. E ela se sente maravilhosa. Vida!
Levanta-se, estica-se novamente, alongando todos os seus membros utilizados nesta pequena jornada. Volta para casa, a fim de tomar um banho fresco e delicioso, para ter a firmeza e a certeza de terminar bem o seu dia, antes de deitar-se e deixar que o corpo exausto tenha uma noite de renovação, antes de começar de novo amanhã, uma nova batalha.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O que você precisa?

Divagando neste momento, me perguntava sobre o futuro...Sobre o que quero. Acho que é muito difícil se conseguir todas as coisas...O que nos move para frente é a vontade, é o querer algo, e se tivéssemos tudo, por que estaríamos aqui? Para desfrutar desse tudo? Mas somos tão imperfeitos que uma hora cansaríamos...E no fim acabaríamos não progredindo...

Acho enfim que sempre precisamos de algo, que é o precisar que nos motiva a lutar pelas coisas...Que nos traz o amadurecimento pelas experiências e aprendizados...
E de onde vem essa motivação? Já houve o tempo em que eu disse que era motivada por outros...Mas hoje enxergo que a motivação para agir, para lutar, parte de nós mesmos. Nós temos um poder excepcionalmente extenso para transformar as coisas, e haja Lavoisier! As vezes precisamos desistir de muitos sonhos e de muitas coisas que julgamos preciosas, mas me atrevo a dizer que é impossível ter tudo o que queremos, pois dessa forma jamais teríamos sempre essa vontade de algo novo. Temos o poder de fazer tudo, mas tudo não podemos ter, tudo não podemos oferecer...Seria então por isso que somos considerados imperfeitos?

Eu tive de desistir de algumas coisas para poder lutar por outras...E sei que terei de fazer o mesmo agora...E afirmo que não é fácil e não será nada fácil, que precisamos ser fortes para com essas desistências e mais ainda para prosseguirmos...Contanto que mantivermos em mente sempre o que queremos - Sim, o que queremos, e não o que não queremos. Influência do filme "O segredo" ? Isso mesmo, eu o assisti hoje, pela segunda vez. Na primeira vez ainda estava despreparada para compreendê-lo. Talvez ali haja verdades ou não, mas acredito sim que devemos focar o que queremos de todas as formas possíveis.
Eu aspiro ao sucesso, ao meu curso de psicologia, e não é o único curso que eu gostaria de fazer, meus interesses não têm fim! Aspiro à uma carreira profissional decente, à uma vida satisfatória. E fazer o que eu puder por outras vidas! E vou acreditar com todos os espaços de minha lúcida mente que isso será realidade. E se algum outro campo me for favorável...Será lucro!

É algo de que preciso. Estruturar este meu Caminho da Vida.

E você...Do que precisa?