segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Bem vindo, 2008!

Enfim hoje chegamos ao último dia de 2007. Foi um ano de muitas mudanças para muitas pessoas...Boas e ruins. Agradeço muito pelas ruins, que me fizeram crescer tanto. E agradeço ainda mais pelas boas, que só me trouxeram felicidade. Eu tive neste ano novas perspectivas para ver a vida e encarar as coisas, e pude ver o quanto muitos insistem em enxergar a vida e suas surpresas por um único meio...
Uma vez li um livro chamado "O livro da Bruxa" de Roberto Lopes, que conta a história de um médico que teve a sua vida completamente modificada por uma paciente idosa que conheceu. O principal ensinamento que ela passou foi o fato de sempre ver absolutamente todas as coisas sobre várias perspectivas.
E é desse modo que enxergamos formas de progredir, prosseguir e superar as dificuldades. Além disso, só basta a nossa própria vontade. Nós temos um poder imenso com o nosso livre-arbítrio, porque só nós mesmos podemos caminhar sobre nossas pernas e fazer esta vida valer a pena.
É isso o que eu tenho a dizer, em suma. Façam a vida valer a pena! E não desistam jamais, lutem pelo que querem, e acreditem com tudo que puderem.
Muito sucesso, paz, amor e felicidade a todos!!

Tomei a liberdade de colocar aqui um vídeo que assisti na mensagem de Ano Novo do Luiz, autor do blog Borra de vida , que fala exatamente da questão de lutarmos pelo que queremos.




Não desistam, e um Feliz e Próspero 2008 ! :)

domingo, 30 de dezembro de 2007

A Eterna Espera



"Meu amor por ela me embalava pelo sorriso que em seus lábios brotava a cada dia.

Feliz era apenas em vê-la resplandescente em felicidade, vivendo pelas pequenas coisas que a vida lhe oferecia.

Cada minuto...Eu estive ao seu lado. A amparei, a segurei, a protegi, a abracei.
(...)

E você nem sabia que eu estava lá. Sempre estive...Desde o dia em que veio a este mundo.

E nem mesmo o meu amor infinito a salvou de teu derradeiro destino. Nunca se sabe o que será do amanhã.

Agora, longe dos meus cuidados, em tua liberdade descansará no eterno paraíso.

Velarei por teu corpo adormecido, esperando algum dia, o teu regresso a este mundo...Daqui a séculos ou milênios...

Para que enfim eu possa cuidar de você...E me mantenho nessa eterna espera, esperançoso, para que finalmente neste dia...Correspondas a este meu eterno sentimento...E enfim...Todas as lágrimas sejam compensadas."
___________________________________________________________________
Nota: Este devaneio foi escrito há exatamente dois anos. Infelizmente, só o publiquei agora, pois faltava editar algumas palavras e a imagem acima, desenhada também pela minha pessoa.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Alegria de Viver



Ao pôr do sol, as estrelas já banhavam o céu. Eram tantas as pequenas luminosas, que a noite escura ganhava vida e brilho. A algazarra se espalhava pela verde floresta, enquanto as damas vibravam em canto e melodia, com flautas e pandeiros, e os cavalheiros em compahia, com palmas e pequenos violões, seguidos por histórias contadas em canções.


A costumeira alegria se desenrolava conforme seguia a festa medieval, onde crianças corriam, corpos dançavam e uma enorme fogueira realçava em luz os sorrisos presentes, enquanto suas chamas dançavam em réplica à celebração da Magia de viver. Todos os seres ali presentes eram livres para sonhar, ou pelo menos durantes as noites que os acolhiam, antes que o sol renascesse trazendo consigo a discórdia dos incompreensivos, esses que acusam esta felicidade como profana e pertencente a um mundo malévolo ao qual desconhecem, mas acreditam, alienados, que exista.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Relíquias de 2007

Há dois dias tenho olhado para o meu blog pensando no que eu poderia dizer...E percebi que não conseguia pensar em nada, porque agora estou pensando em muitas outras coisas. E uma delas é sobre o ano chegando ao fim. Uma amiga muito querida, em seu blog "Metade Repleto" , também estava falando sobre isso, e uma coisa muito séria que ela disse é o fato de muitas pessoas deixarem para reavaliar seus conceitos só agora...Só em cima da hora...Se preocupam em mudarem seus hábitos no fim mas não fazem nada no novo começo, ou até fazem - temporariamente. Mas no meu caso, não sei parar de pensar em algo... Terminei o meu Segundo Grau e agora parece que estou meio sem caminho, já que não tenho mais aquela rotina de acordar cedo, ir para a escola, estudar, fazer trabalhos, estudas para provas...É estranho pensar que agora isso acabou. É claro que ainda voltará de uma maneira diferente, quando eu conseguir passar em uma faculdade. Mas eu acabo sentindo medo de não conseguir me sair bem sucedida...Farei dezoito anos em breve, temo não conseguir o que quero e acabar ao léu...Mas sei que isso é besteira minha, porque eu sou insegura, mas reconheço que tenho valor diante da vida - como o próprio Shakespeare diz em seu "O Menestrel"...Agora já não preciso mais depender de meus pais, posso me levantar e caminhar sobre as minhas próprias pernas, posso traçar meu caminho e escolher a forma de como o farei. E só espero de coração, que tudo dê certo, e que eu vença esse medo que tenta me limitar de alguma forma.


Sabe, cordiais leitores meus, este ano foi um ano maravilhoso...Muitas coisas mesmo me aconteceram, coisas maravilhosas e coisas que me jogaram ao chão com todas as forças...Mas eu quis me levantar. E tive apoio de muitas pessoas maravilhosas...E gostaria de falar um pouco delas, que complementaram tanto ao meu ser...


Em especial, Julia e Tatiane, que caminharam comigo desde que iniciei meu Ensino Médio, e apesar de termos nos desvencilhado por um tempo, quando o destino achou necessário, nos unimos novamente com uma nova força, que nos fez crescer como as mulheres que pretendemos nos tornar. Nos unimos muito esse ano, compartilhando todos os nosso medos e alegrias, pudemos curar a nós mesmas e às outras, crescendo cada uma aos poucos estando juntas. Me orgulho demais delas, porque são maravilhosas por dentro, e por fora, e aos poucos eu e elas podemos ver isso com mais e mais nitidez. E assim, conseguimos ver também as maravilhas que há na vida e no mundo. O nosso trabalho na feira cultural de tema "A mulher celta" também contribuiu muito para o nosso crescimento como almas femininas. Tatiane me surpreendeu muito porque ela passou a ver as coisas mais como o espírito do que com o próprio corpo. Propôs que fizéssemos uma tatuagem em forma da Triskle celta (figura acima), e ela deu um significado muito bonito às três espirais: nós, três mulheres. A conheci como uma garotinha ingênua e sonhadora...E hoje vejo uma mulher poderosa, descobrindo isso aos poucos. A Julia...é outra pessoa que me impressiona muito. Foi o meu primeiro contato com alguém na escola particular do Ensino Médio, e é uma das primeiras almas que reconheci de algum lugar que eu possa ter vindo. Desde que a conheci, sei que ela se modificou muito também. Amadureceu muito, conheceu o Amor que nunca havia se deparado antes, o que para ela é um novo mundo. Ela tem o dom de ver o amor em todas as coisas, o que se parece muito comigo...Nós duas temos a esperança de que o amor viva nesse mundo.
São pessoas maravilhosas. Minhas irmãs de mente, coração e espírito, que eu pude ver crescerem durante esses últimos três anos...Simplesmente seres que amo com todas as formas e dimensões. Tive medo de que, com as nossas vidas se modificando, nos separássemos, mas apesar de ser o inevitável, sei que esse enlace sagrado e intenso que criamos jamais morrerá, porque não é de nossa vontade que aconteça, e que ainda nos encontraremos muito em momentos que sejam ou não importantes em nossas vidas.

Há alguém que eu só pude conhecer este ano...seu nome é Klara, e acabou se tornando alguém muito intenso em mim também. Ficamos uma pouquinho distantes por ela ser de outra turma, mas toda vez que ficamos juntas a relação de irmãs que se conhecem há muito muito tempo é sempre a mesma, ou até maior. Ela mesma já me disse que ficamos separadas mas sabemos o que existe entre nós, e assim jamais nos afastamos. Gosto muito de estar ao lado dela, ela me passa muita paz e eu sinto um amor tão grande por ela que perto dela só sei sorrir! Acredito que se vidas passadas realmente existem, ela fez algo muito bonito ao meu lado, e na mesma época em que eu devo ter conhecido a Julia. Foi graças a ela que pude me aproximar mais de uma amiga maravilhosa chamada Bianca, que sempre esteve por perto mas ao mesmo tempo um pouco longe, a irmã que o destino trouxe pela mãe que um dia considerei minha professora preferida.

Se puder falar só de mais uma...Gostaria de falar da Marília, que chegou como amiga da minha irmã mais velha e acabou se tornando uma própria irmã para mim, me apoiando no que fosse preciso, cuidando de mim como alguém que realmente ama e zela pela pessoa amada.

Enfim...essas mulheres lindas por dentro e por fora são pessoas fadadas a permanecerem para sempre m mim, e eu lhes sou grata eternamente por estarem ao meu lado nesse ano que eu precisei tanto. Obrigada, queridas amigas!



É realmente maravilhoso a diferença que amigos podem fazer em nossas vidas. Acho que durante a vida eu já fiquei muito só, já tive muito medo, já derramei muitas lágrimas...Mas este ano, comecei a planejar um pouco do meu futuro, e tive pessoas suficientemente maravilhosas para me apoiar em minhas decisões e segurarem a minha mão, não permitindo que eu sucumba à vida. É muito complicado poder explicar isso, porque o fato de eu ter amadurecido não dependeu delas, dependeu de mim. Entretanto, foi com elas que eu tive vontade de me levantar e correr , talvez para alcançá-las, ou para poder acompanhá-las e dar o meu apoio quando for necessário...

Amigos são pessoas magníficas.


Fora esse apoio, tive também o de muitas outras pessoas, que acabaram se tornando também grandes amigas, ou até mesmo tive a minha família e o meu próprio apoio. Aprendi que não posso fazer nada por ninguém se não fizer por mim mesma antes, que não posso ajudar se eu não puder me ajudar, que não posso dar forças se eu não me der forças...E percebi que posso crescer comigo mesma e simultaneamente, com outros. E todas as experiências que me trouxeram um pouco de maturidade me mostraram também que uma das respostas ao "Quem sou eu?" ou "O que preciso fazer neste mundo?" é simplesmente me doar aos outros. Adoro pessoas, adoro conhecê-las, saber seus medos, desejos, rancores, temores, frustrações, experiências...tudo sobre elas. Adoro estar com elas. E adoro mais ainda poder ser necessária para elas. Poder ajudá-las, aconselhá-las e apoiá-las. E é isso que eu quero fazer nessa vida.


Eu não sei o que vai acontecer ano que vem, não estou preocupada nem com amanhã e nem com ontem, e sim com o agora. E sei o que eu quero.

Taí um filme temático e bom, chamado "Um homem de família", com o ator Nicolas Cage, que no filme é um personagem que diz que não precisa de nada, e aí a história realmente começa e lhe prova o contrário. Um de meus filmes preferidos, por acrescentar algo em mim.


Eu sei do que preciso, e sei exatamente o que eu quero.

E vocês, sabem?

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A Arte

Tive muitas dificuldades para dormir na noite anterior. Me deitei, revirei e revirei na cama, inúmeros pensamentos me assolavam a mente e deixavam o meu coração acelerado...queria poder ter vindo aqui e desabafado tudo...Mas da mesma forma o fiz, em um pequeno caderno com várias folhinhas a quem nomeamos diário. Escrevi, escrevi, chovia bem forte lá fora, mas eu sabia que não ia conseguir dormir se não escrevesse. Enfim, me levantei do sofá da sala, retornei para minha cama e com um pouquinho de dificuldade, consegui dormir.
É engraçado essas pessoas como eu e como muitos...viciados por palavras, por essa incessante vontade de escrever, sejam histórias, poesias, contos, desabafos, medos, devaneios aleatórios como este...
Acho que um diário as vezes é bastante útil. Pode parecer meio infantil, mas não se trata exatamente de falar do nosso cotidiano, mas de escrevermos o que quisermos, desde coisas fúteis a sentimentos que cultivamos ou situações que estamos enfrentando, boas ou ruins. Eu pelo menos gosto muito, e acho que de certa forma instiga a gente a estar sempre escrevendo um pouco, já que na vida profissional é uma habilidade bastante apreciada. E dessa forma, escrever acaba se tornando uma Arte, que nem todos praticam como deveriam, mas isso é por livre e espontânea vontade. Eu costumava escrever desde que aprendi a fazer o mesmo, até mesmo antes de começar a devorar livros. E os livros...Bom, os livros são uma fonte maravilhosa para ampliar essa nossa Arte da escrita, justamente por ser Arte da escrita de outros...
Penso que todas as pessoas deviam fazer o mesmo. Além de ser uma espécie de terapia pelo fato de nos sentirmos bem, a escrita acaba se tornando apreciada por outros.
Também a mesma se faz um meio de educarmos a nós mesmos...Ontem eu estava com dúvidas sobre algumas pessoas com quem me deparei nessa vida, e escrevendo sobre isso de repente vi uma solução...Talvez isso soe um pouco Clarisse Lispector, essa coisa de descobrir coisas através de palavras produzidas por um narrador um tanto inconsciente, mas funciona realmente muito bem para reorganizarmos as nossas idéias e refletirmos sobre fatos e conclusões para quaisquer problemas que estejamos enfrentando.
Ultimamente eu tenho percebido que não sou a única a ter tal vício...Percebi que pessoas maravilhosas que estão ao meu redor apreciam tanto essa Arte como eu. E fiquei feliz por poder compartilhar isso aqui com elas. Se é um vício, concluo agora que nem todos os vícios da vida nos fazem mal, ou pelo menos não quando não são prejudiciais a nós mesmos ou a outros.
Então...mais uma vez precisei falar sobre o ato de escrever por escrever...E não me importo se é algo repetitivo, porque me dá prazer de criar e reproduzir qualquer devaneio que possa ser lido e relido por muitos, como uma verdadeira Arte.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Recomeçar Sempre

Suas pegadas deixadas na areia perdem-se nas águas do mar. Ela chora lágrimas, com o intuito de se afogar. A solidão já não era mais um álibi, apenas a consequência de tanta dor.
Ele desfaz-se de sua rotina que tanto o aliena e resolve sair para caminhar. A brisa fresca toca em seu rosto e a noite não poderia estar mais bela, com a resplandescente lua no céu. Mas de repente ele pára, e avista nas ondas dançantes do mar uma dama a se afogar. Rapidamente corre ao encontro da donzela para salvá-la.
Adormecida em seus braços, ela põe-se a sonhar. Pesadelos, angústias, medo...Para fugir disso, só encontrou o suicídio. Talvez o fim, a válvula de escape desse tormento. Lágrimas se fundem com a água do mar, e ela já não quer mais acordar.

Olhando aquele delicado rosto a chorar, ele compaixoso não conseguiu se segurar. Algo maior aproximou seus lábios carentes àqueles lábios tristes, que clamavam por amor, um coração frio, necessitado de calor.

Lentamente ela acorda, nos braços de um desconhecido. Com medo, levanta-se e corre, mas pára, ao mesmo tempo que começa a refletir. Ele deu calor quando ela teve frio. Ele limpou as lágrimas que a esconderam e afogaram. Ele...salvou a sua vida, que já não tinha mais salvação...

Ele até podia entender porque ela correu ao acordar, mas não compreendia porquê agora a moça voltava em sua direção. Fascinado com aqueles cabelos longos e negros que dançavam com as ondas do vento, e aquelas lágrimas que resplandesciam sobre a luz do luar, ele permanecia apenas imóvel. Como ela mudou de repente? Estava mais bela do que quando foi encontrada em momentos de infelicidade.
Um sentimento brota em seu frio coração. Que cálido calor poderia ser esse? Ela podia simplesmente se virar e partir, mas uma força maior do que ela mesma a forçava a deixar ser tomada pelos braços daquele estranho. E algo parecido com um sorriso se formou em sua face. Indo em direção ao homem desconhecido, agiu não por palavras, já que um simples gesto vale mais do que mil delas. Serenamente, envolveu seus braços aos dele como se procurasse expressar enorme gratidão.
Palavras sem sentido tentavam escapar da boca dele, mas logo o rapaz se tornou imobilizado pelos dedos que ela colocava sob seus lábios, silenciando o tempo. Deslizando a mão sobre a face de seu salvador, seus lábios lentamente uniram-se aqueles lábios confusos e apaixonantes.
Ele a envolveu em seus braços fortemente, receoso de que ela tornasse a fugir. Mas aquele calor que a envolvia dava-lhe a sensação de estar sendo protegida, segura...Por quê aquele outro homem nunca lhe passou tal segurança? Por que em seus braços ele só a feria ainda mais?
Ele sentiu que ela o apertava, com medo de que ele partisse, e ainda conseguiu sentir a angústia que transbordava pelas lágrimas daquele rosto tão frágil...E tudo que saiu daqueles lábios trêmulos e femininos foi "Por quê?"
Ele não sabia o que fazer ou dizer. "Por quê" ? O que ela quis dizer com aquilo? Será que foi o que aconteceu naquele momento? Será que...Não. Não é nada disso. Por que ele não fez essa suposição logo? É claro que essa interrogação diz respeito a motivos que a levavam a chorar
como chorava...Ah, o que fazer? Ele a segurou com mais firmeza e sussurrou em seu ouvido:
"Você não está sozinha, pequena. Não mais."
Ela chorava pondo para fora toda aquela dor que não pôde compartilhar com ninguém. Mesmo perdida nesta infelicidade, o aconchego daqueles braços consoladores faziam as palavras "ser feliz" ganharem algum sentido. Seria tão bom se pudesse ter alguém que a segurasse quando ela caísse mais vezes...Mais vezes e sempre...
"Por favor, não me deixe sozinha mais!"
Ele levou suas mãos aonde o coração dela palpitava em descompasso, e respondeu:
"Não deixarei. Mas quero algo em troca. Quero que acorde."
Os olhos dela se encontraram com os dele.
"Sim, que acorde. Não sei o que aflige teu pequeno coração, mas apenas você mesma pode levantar e decidir seguir em frente. Isso não depende de ninguém mais além de você. Eu...
"Não consigo..."
"...eu posso dar a minha mão e posso seguir ao seu lado te ajudando a ser forte com o meu carinho, mas não posso caminhar por você."
"Então eu lhe suplico! Por favor, caminhe ao meu lado! Gostaria de ser confortada, de ser ouvida, de ter apoio de alguém, de não ter medo de mostrar quem eu sou, quais são os meus anseios e sonhos...Eu fui ferida por alguém que dizia ter amor por mim, mas que procurava todas as formas de me ferir e decepcionar...E se eu caísse, ele simplesmente dava as costas e caminhava sem mim, e se eu não o acompanhasse...Ficaria para trás. Mas você...você estendeu a sua mão e me tirou dessa escuridão que me entorpecia...Me sinto confusa, mal o conheço...Mas já não temo a vida se tiver esse seu apoio...Por favor, caminhe comigo! Eu preciso ser amada...Eu preciso me sentir..."
"...necessária. Todos nós precisamos, e é por isso que somos considerados imperfeitos. Ah pequena...Você já é amada...Sempre foi, de alguma forma." Os sentimentos o dominavam completamente. "Não era para nos conhecermos...mas para nos reencontrarmos. Eu salvei a tua vida, e agora você salva a minha" E subitamente a repreendeu com um beijo suave, preenchendo-a de corpo e de alma.
Não importa quem ela era, ou quem ele era. Pois descobririam o que poderiam ser juntos. Dali em diante, os dois deram-se as mãos, fizeram novas marcas sob a areia e seguiram em frente...Iniciando uma nova vida vivida envolta em outra vida.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Escrever

Hoje e agora escrevo porque sinto uma necessidade sufocante de falar. Simplesmente falar por falar. Escrever por escrever. Compor por gosto.
Não é necessário que haja conteúdo, nem forma, nem ritmo.
Mas escrever se torna o simples ato de necessidade. Simples, simplesmente.
Tudo que escuto é o pequeno ruído dos dedos batendo em teclas, e os poucos veículos que correm lá fora nesta pacata noite. O coração se comprime aos poucos...solidão?
Uma perfeita causa para a consequência de escrever por escrever.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Corrente do Bem



Vários filósofos, em suas teorias, afirmaram que o ser humano não pode ser um ser individualista, que necessista de seus semelhantes para viver...

Infelizmente, hoje as coisas não funcionam dessa maneira. O Ser Humano é uma das raças mais magnifícas que existem, porém, uma das que mais fracassaram...pois destroem a si mesmos, aos outros e ao meio em que vieram a existir...Isso é realmente, realmente triste.

O que é para vocês, ajudar ao próximo? É simplesmente fazer uma ação de caridade, doando algo para alguém? É o que a maioria das pessoas pensam.

Um dia, conversando com um amigo, ele me afirmou que jamais salvou a vida de alguém. Eu sorri e disse que isso seria impossível...e ele olhou pra mim e perguntou se eu o já havia feito. E eu confirmei com a cabeça. Nós sempre teimamos em enxergar as coisas sob uma única perspectiva...como eu falei para esse amigo, para mim salvar vidas é se doar um pouco para alguém que esteja ou não precisando. Não é simplesmente chegar e dar alguma coisa, mesmo que não esteja esperando algo em troca. E disse pra ele que eu já tinha salvado a sua própria vida, em um momento crítico em que ele se sentia mal e precisava muito desabafar e ouvir algumas palavras de carinho e consolo. Pra mim, isso é tão importante quanto a ação que eu fiz em um dia de Páscoa, quando uma senhora veio à minha porta pedindo o que comer, pois não o tinha há uma semana. É claro que eu desci com um prato feito, mas isso não foi o mais importante, e sim o abraço que eu dei para sufocar as suas lágrimas e a compahia que eu ofereci enquanto ela saciava a fome.

Nós nos apegamos muito ao generalizar as coisas. Hoje eu ouvi mais de sessenta pessoas falando que nunca conheceram pessoalmente um alguém que pratica boas ações. Poxa, fiquei muito triste ao ver que a maioria das pessoas hoje em dia é assim. E são essas pessoas que decidem não fazer nada, e depois ou até mesmo antes reclamam da situação do mundo. Eu tento muito reverter a situação, é muito difícil, sou apenas um Trevor, sozinha não dou conta, mas não quer dizer que eu irei desistir. Não vou dizer que é fácil nos modificar. Não, não é. Nada fácil. Mas o medo sempre quer aparecer, sempre tenta nos limitar de alguma forma. E é sucumbindo ao medo que deixamos de agir. Que deixamos de tentar. Que deixamos de prosseguir e fazer coisas boas nessa vida.

Eu gostaria muito de fazer o meu melhor, não posso dizer que sairei vitoriosa, mas não quero deixar de tentar. Poxa, nós nascemos para ser felizes, mas será que é possível ser feliz sozinho vendo a desgraça dos outros? Eu tenho certeza, que se cada um fizesse quase nada, coisas pequenas, como salvar vidas, o mundo não estaria tendendo para o fim como está a cada momento que é percorrido pelo tempo. É claro que primeiramente não é possível fazer algo por alguém sem antes fazer algo por nós mesmos. Mas isso não quer dizer que devemos ser tão egocêntricos.

Bom, hoje eu só tive uma pequena intenção de deixar aqui um desabafo de mais um devaneio aleatório provocado por fatos quaisquer da vida rotineira.


Não estou pedindo para ninguém fazer algo, pois cada um de nós tem o seu livre arbítrio. Só peço que reflitam sobre a caridade verdadeira, e que com isso pensem em seus sonhos mais profundos, seus sentimentos, seus erros - grandes professores - seus aprendizados, seus objetivos, suas mágoas, as pessoas que vocês gostam, que estão mais próximas a vocês - família, companheiros, amigos, colegas - e em seguida, olhem para o mundo, e percebam que todos somos humanos como você, sentimos as mesmas coisas, e no fim só queremos ser felizes. E precisamos uns dos outros - sempre.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A bela górgona



Górgonas são filhas de Fórcis
Nomeadas Euríala, Esteno, Medusa.
Medusa, mais bela, uma musa...
Cabelos tão negros quanto a escuridão que a noite usa.

Dias passam, Medusa apaixona-se
Seu amado foi Netuno, rei dos mares.
Mares, onde as ondas se movem com o beijo dos ares,
E Medusa em doce sentimento embala-se.

Netuno e Medusa em um templo encontraram-se,
Templo de Minerva, deusa da sabedoria,
Ao saber disso, a fúria provocou sua ira,
E Medusa, uma punição sofreria.

Medusa teve um castigo pavoroso,
Seus lindos cabelos foram transformados,
De belezas para serpentes vivas de aspecto asqueroso,
Assim, a bela górgona virou um ser horroroso.

Em desespero, a criatura refugiou-se em uma gruta,
E como sensível moça, não partia à luta.
Mas seus olhos petrificavam,
Os curiosos que neles olhavam.

Mas essa história ainda não terminou,
Pois um homem que ali entrou,
Para cumprir sua missão, a Medusa matou.
Seu nome era Perseu, nome que na mitologia grega,
Para sempre permaneceu,
E em muitos séculos sobreviveu.

Esse mito os poetas vão contar,
E assim, com muito orgulho, as pessoas essa górgona vai conquistar.
Porque os contos gregos têm muito a mostrar,
E em sonhos e aventuras com eles podemos embarcar.






[Esse poema foi feito há uns 3 anos atrás.] =D

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Devaneio poético

Com as palavras que deságuam de meu peito, vim com uma tentativa de escrever um pouco sobre o mais cálido sentimento que enche o coração, e que eu sonho em torná-lo assim, reluzente em felicidade...
Alguém nascido para amar, há de amar a todos, amigos e familiares, colegas e companheiros. Mas amar o ser amado é amar um ser só.
Mesmo que um coração ame a mil e a mil seja amado, apenas um amor é aconchegado. Vitoriosa por uma vida de história triste, espero um dia poder ser compensada com a pessoa só para mim. Aquela que encherá meus dias de alegria, que estará sempre ao meu lado, que saberá ver meu coração apenas observando o jeito de minhas palavras e de meu gestos. Aquele que trará um brilho do sol quando os dias florescerem frios e nublados...e irá sorrir mesmo que o coração chore por ver o meu coração chorar.

Entristece-me os dias que se seguem, os infinitos braços que entrelaçam-se em abraços ao qual nunca chegarão a firmarem laços...
O amor está morrendo a cada dia.
E no meio de tantas rosas negras, rosas vivas com o sentimentalismo shakespeariano florescem e espalham sua fragrância. Mas estas são tão poucas! Pequeninas e perfumadas, que pouco a pouco, dão mais cor ao campo frio e escuro da atualidade.
Será que haverá o dia em que o Ser Humano verá a necessidade de viver Amor? Talvez lá, até Eros desista de cumprir sua verdade...
Mesmo que as passageiras paixões e as pequenas atrações prevaleçam, o Amor sempre será de um ser só, reconheçam. O ser humano nasceu para ser feliz, e feliz deve ser, não esqueçam. Mas a vida da boemia levada apenas em folia nunca trará a resposta certa da pergunta “Eu sou Feliz com a minha vida?”, ou “Será que a minha vida valeu a pena até hoje?”
Sim...valer a pena. A vida precisa valer a pena. O ser humano nasceu para ser feliz. É para isso que nascemos. Para sermos felizes. Aproveitar a vida, mas aproveitar a vida ao lado de quem possa fazer valer essa vida.

domingo, 12 de agosto de 2007

Lembranças do passado

Não adianta esperar por aquilo que não vai acontecer nunca mais. Jamais compreenderei por quê tudo aconteceu do modo que aconteceu, pois o que eu achei que havia antes talvez fosse demais surreal para permanecer na realidade. Os bons momentos serão sempre mantidos com carinho, mas não posso esperar que voltem e sejam de novo, pois nesta vida de esperas, a própria vida corre e vai se esvaindo, e eu acabo deixando seus propósitos para trás. Ah...como foram maravilhosas essas lembranças, mas hoje, é a única coisa que podem ser: lembranças. E a vida continua! Mas mesmo assim....muito obrigada.

Tais dizeres se aplicam a vários acontecimentos em minha vida.
Até aqueles em que um dia eu tive uma família, que hoje é uma das coisas mais preciosas que guardo comigo. Ou mesmo àquelas pessoas que já passaram, e não devam mais voltar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Olááá!

Então...é um imenso prazer estar podendo escrever em um blog novamente!
Acho que é muito importante termos um espacinho para deixar alguns dizeres ao léu, nem que seja apenas para nós mesmos lermos de vez em quando...
Bom, cá estou eu, deixando um pequeno suspiro...

A minha primeira postagem será curta.
Meus cumprimentos aqueles que vierem visitar-me!

"O meu coração é como o céu. Imenso e profundo, eu não sei até aonde pode chegar, mas sei que traz consigo o infinito e tudo o que nele contém, seja o suave azul que encanta os outros corações, seja a triste escuridão, cheia de estrelas, que guardam sonhos e sentimentos perante o que foi, o que é, e tudo aquilo que ainda será... "